Cada vez mais, deixo-me aborrecer com os filmes que escolho para assistir. Aprendi a deixar as expectativas baixas, pois, devido a um certo acumulo de desilusões cinematográficas, começa-se a tornar um tanto complicado nutrir alguma esperança em relação ao que estou a ver. Confesso que, talvez, eu é que não tenha dedo para a coisa, ou melhor, o facto de não treinar esta minha capacidade de escolha com…
Não me recordo de, em algum momento, ter assistido a um filme do Tarantino. Pelo menos, de que eu tivesse conhecimento. Tenho uma amiga que admira imenso o trabalho deste realizador, e, confiável aos meus olhos, havia decidido guardar “Pulp Fiction” para ver. Anos se passaram até que, finalmente, numa sexta-feira à noite, me ter sentido motivada a tal. O que me saltou logo à vista, para além…
Sinto-me um bocado a leste no que toca à minha vida em geral, tendo em conta todas as mudanças que estão a decorrer e que, como que a desempenhar duas faces de uma só moeda, me fazem sentir no controlo da minha rotina caótica, sem que ela assim o seja, necessariamente. Sem recorrer ao arquivo do blogue, confesso não me conseguir recordar de quando é que foi a…
É demasiado fácil, perante um confronto, afirmarmos de que atualmente se tornou complicado em arranjar alguém em quem confiarmos a pessoa que somos. Dispensamos demasiado de nós em atitudes e gestos que, do nosso ponto de vista, carregam uma inocência e congruência com o nosso espírito, quando na verdade, parte do que depositamos no mundo há muito que estava atravessado na garganta dos demais. Não é por mal…
A constante comparação foi inevitável: do princípio ao final do livro, havia apenas uma opção à qual eu conseguia equiparar as nuances de a “Metamorfose”: tal como em “A morte de Ivan Ilitch“, este clássico da literatura é um autêntico pontapé no estômago, provocando-nos uma amargura no fundo da garganta, de tão deplorável. Não deixo de me impressionar com a veracidade de livros curtos, o talento por detrás…
Tropeço muito pelas palavras. Oh, se tropeço. Ainda estou para tentar compreender a complexidade da minha mente e o seu funcionamento perante a vontade, a responsabilidade e a obrigatoriedade de se manifestar através de palavras. Há dias em que as compreendo com uma plenitude de quem não almeja a coisa, mas há outros em que não nos entendemos e é no meio dessas circunstâncias em que eu me…
Já não me serve de nada continuar a adiar esta inércia no que toca a desenvolver a minha opinião acerca do livro que li em Junho, para o The Bibliophile Club. O objetivo, naquele mês, foi o de ler obras de autores negros, coisa que eu, enquanto negra, faço pouco. Parecer-vos-á um detalhe mínimo, mas para mim faz toda a diferença sublinhar esse detalhe, mais como auto chamada…
Conservo uma postura bastante severa, no que toca a sentimentos. Eu acho que, independentemente dos acontecimentos passados, nós devemos sempre revelar aquilo que sentimos, da maneira mais simples, relaxada e sincera possível. Sem reservas, nem tão pouco ressentimentos. Apesar de sempre haver a possibilidade de não nos corresponderem, sabem a quem é que fará mal acumular tamanha carga emocional, alimentando-a através dos recursos imaginários da mente? A nós.…
Tenho usado o kindle menos do que estava à espera. Desde que soubera da sua existência, que eu acreditara que tendo um, o meu volume de leituras aumentaria, mas a verdade é que parte de mim ainda resiste a essa evolução, se afeiçoando ainda mais aos livros físicos. Não obstante essa luta interna, do pouco uso que dei ao meu e-reader, o mesmo foi bastante significativo. Há imenso…
Vou direta ao assunto: não gostei nada desta nova temporada de “Stranger Things”. Contrariamente às anteriores, fiquei com mais questões do que respostas e, honestamente, acho péssimo ter de carregar essa sensação, tendo em conta que o avanço que esta série tinha era mais do que suficiente para não ser confundida com argumentos desnecessários e cenas despropositadas. Falo, por exemplo, do facto de no meu ponto de vista,…
Ontem, na conversa com um amigo, apercebi-me do quão belo é poder ter a oportunidade de saber e querer ler, discutindo, posteriormente, a profundidade de uma história que nos seja comum e que já tenha passado nas nossas mãos. Arrisco-me a mencionar, uma vez mais, o facto de eu ter um caderno munido de temas que me vão surgindo à cabeça e que por ali ficam, até me…
PORQUE É QUE, DO NOSSO PONTO DE VISTA, A VIDA DOS OUTROS É MAIS FÁCIL?
14 de Julho, 2019Porque as realidades são diferentes e, consoante essa condição, a nossa maneira de lidar com os problemas também se altera. Lá porque a pessoa em questão não exterioriza aquilo que sente, não significa que isso anule a sua existência, apenas demonstra que cada um exerce sobre si a capacidade de lidar ou solucionar os seus problemas de diversos modos. Aliás, não demonstrar a existência ou o incómodo relativo…