TBC: O MÊS DE JULHO \ “UMA HISTÓRIA DE VERÃO”, PAM GONÇALVES (*)

Tenho usado o kindle menos do que estava à espera. Desde que soubera da sua existência, que eu acreditara que tendo um, o meu volume de leituras aumentaria, mas a verdade é que parte de mim ainda resiste a essa evolução, se afeiçoando ainda mais aos livros físicos. Não obstante essa luta interna, do pouco uso que dei ao meu e-reader, o mesmo foi bastante significativo. Há imenso que a Sofia havia partilhado comigo alguns dos livros que ela tem no seu kindle, incluindo os livros da Pam Gonçalves e da Bel Rodrigues.


Sedenta por algo que me afastasse da realidade académica que eu estava a ultrapassar, “Uma História de Verão” pareceu-me adequado para o momento, para além de que aborda algo com o qual evito esbarrar, sempre que abro um livro: romance. Não sou uma velha do Restelo no que toca a esse tema, simplesmente tenho as minhas razões e que, aos poucos, se têm vindo a converter. Bom, assim que comecei a leitura, senti-me a viciar. Não digo que a escrita da Pam seja por aí além, mas o conteúdo em si é que puxou por mim de um modo que eu julguei um tanto impossível. De verdade. 
Embora desconfiasse do rumo que a narrativa pudesse vir a tomar, mesmo assim me deixei ir, curiosa por confirmar as minhas suspeitas. Confesso, desde já, que não me afeiçoei a nenhuma das personagens, não por elas não terem a sua profundidade, mas antes porque senti que esta história foi desenvolvida para ser lida em pouco tempo e nos passar uma breve mensagem de como, por vezes, é difícil fugirmos aos sentimentos e os rebocarmos com a ideia de que somos suficientemente fortes para ultrapassar qualquer desafio amoroso e pessoal que se nos apresente. 
Talvez por ter coincidido com uma fase em que eu me tenha vindo a sentir um tanto paralisada no que toca a sentimentos, me tenha feito bem ter travado este contacto com uma obra destas, não só por me ter recordado de que sou humana, como pelo facto de me ter relembrado de todos os meus amores da vida e que, por alguma razão, nunca aconteceram como eu esperava. Isso, de certo modo, me conduziu a uma reflexão mais madura e cuidada: não é obrigatório nós vivermos uma história de amor para nos sentirmos completos e livres. A sério que não é. 
Sempre fugi dos romances por, no fundo, representarem algo que eu nunca vivi e plantarem em mim um certo rancor, porém, na atualidade, tenho-lhes vindo a ganhar o gosto porque representam um dos sentimentos mais belos à face do planeta e que não reside, somente, no seio de duas pessoas que se querem física e intelectualmente: o amor está presente em todas as formas possíveis, desde os sonhos pelos quais lutamos, como nas amizades que conservamos desde pequenos. O amor consegue ser grandioso e abraçar quem quer que o queira nas suas vidas, por um longo período de tempo. Embora curta, esta história  foi capaz de me dar mais um motivo para não desistir de querer amar e ser amada. 
Já alguma vez ouviram falar desta autora/livro? ♥
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