Quando Algo Não Vai ao Encontro do que Esperamos

Caminhe para o positivo ou para o negativo, o facto é: há sempre um resultado. Por vezes, importa que saibamos qual, daí a necessidade de nos organizarmos e criarmos planos… De darmos asas ao nosso lado mais sonhador e caminhar por espaços incríveis, dentro da nossa mente. Contudo, quão perigoso não é vivermos apenas disso? Falo por mim, que decidi colocar pequenos travões quando dou por mim a alimentar mais pensamentos irreais do que ideias com potencial para suceder.

Reconheço que, na maior parte do tempo, estabelecer um ponto de equilíbrio entre o imaginário, o real e a intuição resulta num guia que me afasta de situações péssimas, aproximando-me igualmente daquelas que me preenchem o coração. Mas, ultimamente, dei por mim a ser tóxica comigo mesma… A viver numa espiral mental que me sobrecarregava e me afastava do foco que era simplesmente acreditar e dar tempo ao tempo…

Antigamente, frustrava-me com a ideia de ver os meus planos e ilusões a caminharem noutras direções que não naquelas que, para mim, seriam as mais convenientes…

Felizmente, já compreendo que viver numa dimensão na qual existem imprevistos é, na realidade, uma prova de que não podemos – nem devemos! – almejar ter controlo sobre tudo o que nos rodeia. Nem de situações, nem de emoções, e muito menos de pessoas. Quanto às emoções, acrescentaria que consoante a ocasião, há umas quantas que fogem ao nosso controlo… Daí ser vantajoso trabalharmos, de igual modo, o nosso lado racional.

Dou por mim a agir, a pensar e a dizer coisas que se tivessem sido medidas, não teriam trazido consequências… Todavia, é assim que vou aprendendo. Eis algo que quero, sem dúvida, trabalhar em mim: redescobrir como ser o mais autêntica e sensata possível, sem me deixar levar pela ansiedade, as inseguranças e o medo de ser interpretada como isto ou aquilo…

Tenho tido dificuldades em expressar-me nos últimos dias, exatamente por me manifestar como uma espécie de barragem em relação ao que sinto e quero para mim. Por consequência, afogo-me no pânico de não viver certos momentos e de perder tantos outros…

Afinal, é assim que se guilhotina aquele que realmente importa: o momento presente. Com o acumular dos dias, fico cada vez mais convicta de que a vida não atua por puro acaso. Embora seja factual afirmar de que só existimos devido à necessidade de sobrevivência e aleatoriedade das células, conforme me vou explorando, conectando, distanciando e reencaixando, creio que as nossas existências não começam nem terminam no lado material.

Sem me querer aprofundar nesta questão agora – deixo-a para o podcast! -, quero apenas dizer que muitas das vezes, é-me concedida a oportunidade de me focar nos meus projetos, nas minhas ideias, naquilo que me compõe… E eu não a aproveito por puro exibicionismo da teimosia, do ego e do orgulho! Inegavelmente, tal impede-me de aprender, de prosseguir e de cultivar as minhas sementes por diversos terrenos, pois, deixo-me levar por uma lagoa, quando mais à frente, posso curtir de um vasto oceano!

Entendes o que quero dizer?

Em suma, creio que mais importante do que apontar para uma causa externa, é admitir que temos responsabilidades para assumir em relação às coisas que não vão ao encontro do que esperamos. No fundo, no fundo, e por muito imprevisível que a vida seja, temos sempre mão dos trilhos que vamos abrindo para nós. Portanto, se uma área das nossas vidas parece ter entrado em pausa, que bom que temos tantas outras das quais cuidar! Não concordas?

O planeta terra continua a girar. A natureza continua a criar raízes e a expandir a sua inteligência em direção ao céu. Espécies vão sendo extintas e outras criadas.

E cada um de nós tem a função de contribuir para que o ecossistema melhore, para que as nossas pessoas se sintam amadas, para que nós aprendamos a alimentar o auto respeito e amor-próprio… Por isso, para quê estagnar e idealizar a nossa própria areia movediça, quando existe potencial para tanto mais e melhor? A vida lá conhece as razões por detrás do seu desempenho. Cabe-nos, então, confiar e lutar pelo que nos fizer sentido… Acima de tudo, que nos complemente e oriente em direção da nossa melhor versão!

4 thoughts on “Quando Algo Não Vai ao Encontro do que Esperamos”

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