Retrospetiva de Novembro, 2023

Não tenho marcado uma presença constante ao longo dos meses, mas sentir-me-ia pior se, pelo menos, não os fechasse como se tem tornado costume. Novembro passou num sopro. Ainda que faltem quatro semanas para o ano mudar, sinto que me falta fazer imensa coisa. Saber que só a meio do ano é que escrevi os meus grandes obejtivos no papel, é uma prova de como a vida não é, de todo, linear. No entanto, é uma realização que me deixa feliz, a de que em 2023, tenho-me esforçado para garantir que cumpro, pelo menos, com as promessas mais importantes. Focando-me mais no décimo primeiro mês do ano….

Que dizer?

Há tanta e pouca coisa para enumerar. Começaria, talvez, pelos acontecimentos mais recentes: tive um encontro que, adianto já, não dará em grande coisa. Por negligência, loucura, o que lhe quiserem chamar, decidi mexer em terrenos antigos, mesmo ciente do que poderá crescer ali. Contudo, era um peso que precisava de tirar dos ombros, mais não seja por descarga de consciência. Queria compreender o que sinto, como posso superar e o que é prioridade. Concluí que a minha estabilidade aliada a esta fase mais eremita, sem dúvida.

Fotografei mais do que escrevi; em termos de trabalho, foi muito intenso. Não houve semana em que não produzisse um mínimo de três telas, o que na verdade deixa-me super contente. Quanto mais exploro o meu ritmo de produção, melhor me consigo organizar para preparar, participar ou receber exposições, encomendas, entre outros.

Saí mais do que esperava; revi pessoas antigas; verti lágrimas; tenho sido posta à prova, mas confesso que tenho adorado questionar o modo como me frustro e o porquê. Talvez seja um traço de loucura que se tem vindo a desenvolver, a verdade é que a minha postura é uma escolha e não propriamente uma consequência das circunstâncias. Tudo isto fez com que novembro de 2023, por comparação aos anos anteriores, tenha sido peculiar, adorado, abençoado.

▬ Leitura do mês

“O lugar onde habita a arte. Habitar a arte que habita” é uma das dissertações que vou usar como bibliografia para os meus trabalhos. De todas as leituras, esta foi das que me interessou mais, sobretudo por ter respondido a uma das minhas maiores questões acerca das origens do conceito de “residência artística”. Podem consultá-la aqui.

▬ Áudio do mês

Embora só o tenha começado no final de novembro – estando, inclusive, muito longe de o terminar -, “A Coach” tem tudo para ser a minha maior companhia nos próximos dias. Raramente faço o percurso casa- qualquer-lugar na companhia de podcasts. Aliás, raras são as ocasiões na rua (deambulações) em que me proponho a tal, mas quando se trata de Chico Felitti, reconsidero os meus hábitos.

Sempre dentro do universo dos crimes reais, o Chico narra o caso de uma influencer brasileira que contou verdades através de mentiras, construindo um império no digital que, nos dias que correm, foi por água abaixo devido a um crime que cometeu…. Do qual não faço ideia…. Mas que quero descobrir.

Adoro o trabalho do Chico! Penso que a sua voz encaixa com esta atmosfera mais dark, além do seu trabalho exemplar tanto n”A mulher da casa abandonada”, quanto n”O Atelier”, este último do qual ainda não falei no blogue. Em termos musicais, destaco o Wanna be startin’ something, do Michael Jackson, por ter sido um dos meus boosts nas maratonas de pintura e desenho que precisei de fazer.

▬ Artigo mais lido do mês…

Finalmente, as estatísticas deram uma cambalhota, repousando no artigo que escrevi sobre a série “Deus cérebro”. Foi uma recomendação da Inês que segui sem questionar muito, escolha da qual não me arrependo de ter feito. Convido-te a leres a minha opinião para perceberes o porquê!

▬ …mas o que mais gostei de escrever foi…

Quem diria que traria tanto conteúdo académico para uma retrospetiva estilo favoritos do mês. Tentar contorná-lo, porém, seria desconectar-me do que tem sido a minha rotina desde finais de setembro, fazendo com que perdesse a essência da verdade. Confesso-me, aqui, portanto: apesar de me ter dado umas quantas crises de insegurança, adorei escrever a apresentação do tema para um dos trabalhos que tenho desenvolvido.

Esta satisfação foi reforçada pelo feedback de uma das professoras, intensificando esta sensação de missão quase cumprida. Quero focar-me, essencialmente, nos impactos que as residências artísticas têm exercido em determinadas zonas da cidade (e mundo, consoante a ousadia), especificamente através dos fluxos migratórios que modelam e se originam nas dinâmicas das cidades.

▬ Uma conquista (dentro ou fora das metas’23)

Parece que foi no ano passado, mas foi somente em novembro que dei a minha primeira aula online de pintura abstrata. Que venham mais, pois estou pronta para as abraçar!

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▬ 1 fotografia

Novembro foi mais de registos fotográficos do que escritos. Desde jam sessions, a reencontros inusitados, cenários enevoados e sessões de estudo com um chá ou café à minha beira… Vou deixar que as imagens falem por si!

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▬ 1 aprendizagem

Por muito sedutor que seja facilitar a vitória dos desafios, ir além deles é ainda mais gratificante, não obstante a descrença que possa advir ao longo do processo. Como aprendi algures nesta semana, os momentos de resistência são um sintoma das mudanças que precisamos de aplicar. Resistir é aceitar que o velho fique, impedindo o novo de entrar…. Assim sendo, do que nos adianta pedir/desejar por uma vida diferente?

Entretanto, conta-me: como foi o teu mês de novembro? 🩷

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥

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