Setembro chegou com muitos adiamentos na manga. Vi planos a irem por água abaixo, assinalando um conjunto de mudanças, sobretudo de mentalidade, quanto ao rumo que quero dos últimos meses do ano. Praticamente não vi os meus amigos, dedicando-me a estar em casa por vontade própria e, de igual modo, como recomendação médica.
Uma das minhas semanas foi focada na recuperação do meu joelho que, sentado numa montanha russa, vai incorporando ziguezagues que, na maioria das vezes, não me fascina. Ainda assim, tenho sentido melhorias, tanto que aceito melhor a importância de descansar.
Em paralelo, foi um mês em que não suportei ver-me ao espelho por motivos vários.
Tenho-me sentido bastante aborrecida nesse aspeto, numa tentativa de não me stressar por algo que tão bem posso controlar mas que, ao mesmo tempo, parece totalmente descontrolado. Dei início a uma nova rotina de estudos, tenho explorado um universo que, outrora, me amedrontava….mas nada como mergulhar de peito aberto a aventuras.
Setembro foi, também, um mês de leituras díspares, novas séries na rotina e uma tomada de consciência da minha saúde no geral. Como extensão das notícias que recebi no mês passado, decidi em outubro que começarei a dar aulas individuais de pintura. Eis um projeto que me deixa bastante entusiasmada!
▬ Leitura do mês
A minha estreia com Raphael Montes fez-se há alguns anos. Desde então, que nutro uma admiração enorme pelo seu trabalho. Jantar secreto, um dos seus títulos mais aclamados, tornou-se também num dos meus favoritos. Para os temas abordados, considero a minha postura ao longo da leitura admirável. Achei muita coisa bizarra, contudo, consegui ir até ao fim sem um acesso de indisposição. Li-o em três dias o que, por si só, revela o quão viciante foi!
▬ Áudio do mês
O novo álbum dos Jungle, Volcano, tem-me feito as delícias a caminho da faculdade. Já tinha partilhado o quão apaixonada sou pelos seus ritmos, as transições entre as faixas que, parecendo que não, ajudam a estruturar a narrativa das canções. É tudo tão belo, harmonioso, feito com amor e carinho, algo que se confirma quando exploramos as respetivas coreografias disponíveis no youtube. São todos uns autênticos poetas!
▬ Artigo mais lido do mês…
Desta vez, vou ignorar as estatísticas, pois quando as menciono, só estou a influenciar o mês seguinte. Vou destacar o segundo artigo mais lido de setembro, o 8 anos de blogosfera.
▬ …mas o que mais gostei de escrever foi…
O rascunho d’os primeiros de setembro foi desenvolvido no elétrico, a caminho da gravação do primeiro episódio da Rubrica do Sexo, com a Mariana. Lembro-me de sentir calor, alguma frescura na sombra, um odor caseiro no ar e alguma nostalgia. Como consequência, foi um dos textos que mais desejava partilhar por aqui!
▬ Uma conquista (dentro ou fora das metas’23)
Sem dúvida, aprender a importância de descansar. No entanto, tenho a destacar o lançamento da Rubrica do Sexo, um projeto que adiei por mais de um ano, com receio da imagem que poderia estar a transmitir, sobretudo aos familiares que me seguem nas redes. O que me ajudou a, finalmente, tirá-lo do notion foi precisamente a comunidade da primeira convidada, a Mariana do Soulful Cycles, e os conteúdos da Camila Vidal, especialista em empreendedorismo feminino.
▬ 1 fotografia
Na minha primeira caminhada pós repouso, fui ao parque. É o sítio ideal por ter rampas que permitem intensificar os treinos, mas sem que nos prejudique. Além dos patos que me fizeram sorrir sem parar, outro detalhe que me aqueceu a alma foram as flores. Desde então, que tenho fotografado quase todas as que me aparecem à frente! Comecei a observá-las com mais atenção porque as quero pintar com mais frequência, e nada como começar a compreender melhor as suas tonalidades, movimentos e características individuais.
▬ 1 aprendizagem
A vida, o corpo, a mente são feitos do que consumo. Quando me dei conta de que algumas das minhas dores físicas são um reflexo das minhas limitações mentais, traumas que se acumulam, negligências que pratico, senti-me mais livre e capaz de estruturar estratégias para me melhorar enquanto pessoa. É um longo processo, mas quanto mais pratico a honestidade, mais perto estou de abraçar quem verdadeiramente sou com as minhas necessidades, vontades, sonhos.
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