QUANDO É QUE PARÁMOS DE FALAR DO AMOR?

Raramente falo de amor aqui no blogue. Das minhas atrações, das minhas paixões. As desilusões que já colhi não são propriamente a razão para tal, pois, ainda assim, gosto de amar. Já perdi a conta das vezes em que me deixei levar por este sentimento, ainda para mais sendo tão nova e com tão pouca experiência. De qualquer das formas, isso não interessa muito quando conversamos acerca dele… Já passei por poucas e boas, já vivi uma fase em que praticamente em todas as semanas, tinha uma história nova para contar…
Porventura, os últimos acontecimentos na minha vida, têm-me impedido de me expressar às pessoas usuais, conduzindo-me à questão que aqui coloco hoje: Desde quando é que parámos de falar sobre o amor? De senti-lo e compartilhá-lo? De utilizá-lo como uma ponte para os mais variados sonhos? Pela parte que me toca, tenho voltado a fechar-me cada vez mais para esse tipo de exposição. Andei a escutar tanto de diversas pessoas, que inconscientemente achei por bem calar-me… E isso está errado!
Sempre me permiti a ser expressiva e a nunca guardar nada dentro de mim. A experiência ensinou-me que a pior atrociade que eu poderia cometer comigo mesma é a de agir que nem uma bomba-relógio, a aguardar pelo gatilho certo para explodir. Apesar de tudo, as pessoas em meu redor não têm culpa se eu estou mal-humorada, chateada com a vida ou mesmo frustrada devido a certas situações. Aliás, grande parte delas permanece ao meu lado para me ajudar nesse tipo de ocasiões, para me ver chorar e ajudar a limpar as lágrimas, para me escutarem e aconselharem. Posso sofrer imensas desilusões amorosas, mas ninguém tem nada com isso.
Eu costumava escrevinhar poemas em todas as folhas soltas que encontrava, em nome do amor. Toda eu, quase todos os dias, era um mar de borboletas ansiosas e que aproveitando as asas que tinham, esvoaçavam de expectativa em expectativa, compartilhando fantasias que nenhum outro se poderia dar ao luxo de conhecer. Imaginar o amor e como seria sempre me deixou um tanto intrigada, porém, ultimamente, decidi parar com isso e deixar-me em paz, na minha, focada em trabalhar mais em mim e com mais consciência.
Finalmente, enraizei de que quando tiver de ser, será e que “não depende de mim” fazer acontecer. Se o Universo quiser – e eu sei que ele quer! -, eventualmente algo há de acontecer. Até lá, escutarei somente as palavras do amor e guardá-la-eis para mim, sem qualquer preocupação em palrar também. O mais acertado será dividir esse sentimento e aplicá-lo em tudo o que faço, como já acontece, contudo, de maneira mais intensa e dedicada. Em suma, para quê falar do amor, quando também o podemos sentir, na nossa?
texto inspirado no vídeo da Vitória Dozzo

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