BOX-OFFICE | 3 filmes, 3 dias, 3 sugestões

Eis um misto de delicadeza com perversão. Melhor do que qualquer conteúdo que já tenha consumido relacionado com Norman Bates. Um bolo de referências do cinema dos anos 20. A mãe não a tenta proteger mas sim os demais dela…seja por reconhecer no seu olhar toda a malícia que vai crescendo. Ou por aceitar a responsabilidade pela educação restrita que deu, as consequências de cuidar de um incapacitado e a falta de oportunidades da altura para as mulheres, principalmente.

Nem sei quem é mais assustadora. Se a mãe ou a filha. A proteção é realmente a melhor prevenção para o sofrimento? Pearl alimenta o desejo de cometer atrocidades…mas a falta de experiência impede-a de enlouquecer…até que um acidente é o dominó caído que derruba os demais.

A crueldade da personagem escala quando vive a oportunidade de dar aso aos seus desejos mais sórdidos. As prioridades trocam de lugar, as suas ideias parecem descabidas, o desvario impera no seu olhar. Nem parece a mesma, apesar de sempre ter sido assim. A quem o mostra, isso é outra conversa.

Que bizarrice de produção. Não é o tema da trama que se destaca, antes o modo como os diretores o conduziram. A viagem no tempo foi o foco central dos últimos conteúdos que consumi. Enquanto que uns me aliciam a agrupar-me aos que viajariam no tempo, outros como the call, soam o alerta vermelho para o perigo que seria mergulhar numa aventura destas. Esta é a razão de eu nunca ter sido adepta delas.

Mesmo que uma linha de acontecimentos vá de acordo com o nosso desejo, não nos podemos esquecer que nem todos sentem como nós…. Além do risco a que estamos submetidos por desconhecermos o que está além dos limites da sanidade. The call é tudo isto, uma espiral de loucura que me encarou de volta, uma confusão de ideias que ganham corpo com o decorrer dos minutos, assim como uma adrenalina que já tinha saudades de sentir aquando de um filme.

Obrigada, Inês, pelo empurrão’zinho!
Adoro mistério. Vivo para resolver ou acompanhar quebra-cabeças. Não é em vão que seja um dos meus géneros favoritos. Seja em livros, séries ou filmes.

Quando vi Knives Out, lembrei-me logo da Agatha Christie. Não é novidade que grande parte dos conteúdos dali adiante foram beber dessa e da fonte do Sherlock Holmes.

Embora nunca tenha lido ou visto nada deste último, a verdade é que esta duologia é rica em surpresas e revelações de fazer cair o queixo. Gosto, particularmente, deste segundo.

Penso que tenha empatizado mais com o tema sobre o qual orbitam as personagens. É todo um jogo de vingança justificado, rumando a uma finalização bastante satisfatória. Dizer que é genial é apenas uma abreviação!