Se eu me focar no que estou a sentir e tentar desconstruí-lo, talvez seja capaz de escrever a publicação de hoje. Tenho os temas apontados no calendário editorial e que, nem por acaso, foi a Sofia que disponibilizou. Muito agradecida pelo teu gesto, minha cara amiga. Sei que, até sábado, tenho objetivos por cumprir e que, honestamente, não importa como é que os irei cumprir. Desde que sejam riscados da lista e, por conseguinte, isso me permita sentir leveza, está tudo bem.
Há dias, como o de hoje, em que quero dar voz aos sussurros da alma, contudo, não sei em que ponta pegar. São tantas as opções que, às vezes, me encolho, me escondo entre os joelhos, e finjo que o que se está a passar não é comigo. Seja como for, isso não é solução para nada. Nunca será, na realidade. Isso de me esconder do desconhecido, das aventuras, das possibilidades.
Isso de fingir que tudo o que eu disser, fizer ou sentir não terá valor. Nop, dispenso continuar a perpetuar essa realidade, contando que visualizo um mundo vasto e capaz de ser conquistado. Conquistado por mim. Hoje, sinto-me tal como me senti ao longo da gravação do episódio mais recente que lancei no podcast. O episódio 27.
Como assim já avancei tanto com este projeto, visto que jamais me imaginei a sair do episódio um? Como o tempo voa.
Mais entusiasmante ainda, como é incrível eu me continuar a dedicar a esta plataforma e que contribui para o meu bem-estar. Sinto-me orgulhosa e grata. Acima de tudo, grata por reconhecer o meu poder da comunicação e trabalhá-lo. De volta ao estado em que estive no domingo. Foi daqueles dias em que eu queria dizer de tudo um pouco, todavia, sentia-me como se não pudesse dizer nada.
Não por desvalorizar as minhas palavras, mas antes por as desconhecer. Mas lá liguei o microfone, abordei temas por alto e, quando dei por mim, já tinha quarenta e tal minutos de episódio para editar e publicar. Vale sempre a pena pedalar, mesmo que a uma velocidade diferente da usual. O importante, mesmo, é pedalar. E dar importância ao descanso. Oh, como isso é importante. Ainda assim, é crucial que jamais abandonemos a bicicleta, se foi esse o nosso desejo.
Se era essa a nossa vontade quando começámos a viagem. Se não deixamos uma rua por percorrer, por que agimos assim com os nossos objetivos? Com os nossos projetos? Com os nossos planos? O que é que nos convida e incita a fazer o que nos comprometemos a fazer? Exatamente o que veio ao de cima dentro de ti. É isso que tens de te lembrar SEMPRE que colocares em causa o que te faz sentir feliz e que não fira suscetibilidades. O que me deixa feliz, portanto – e se te estiveres a questionar… – é escrever.
Comunicar. Dar o meu parecer com áudio, vídeo, fotografia. É chegar ao final do dia e, perante um obstáculo, sentir que tenho forças para os enfrentar e não os deixar passar por cima de mim.
Exatamente como se está a suceder agora, comigo aqui sentada, a digitar pensamentos aleatórios… e que, no fundo, transcrevem o que eu acreditava já não ser capaz de fazer: escrever só porque sim, num registo que qualquer blogue pessoal demanda. Tinha temas anotados. Não me estava a sentir virada para eles. Considerei deixar o dia transitar para o seguinte, crente de que amanhã faria o que tencionava deixar pendente.
No entanto, amarrei na minha chávena de chá, abri o bloco de notas e desabafei o que se me palpitou no momento. E compensou, sem dúvida alguma, ter escutado as inseguranças, questioná-las e, num novo passo, as ter vencido. Está mais do que feito! ♥
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Viver a Própria Verdade, Rumo ao Desconhecido | imperium blog
12 de Março, 2021 at 18:33[…] fora? Além disso, tem sido engraçado observar como é que o meu fluxo de pensamentos funciona, quando lhes dou a devida atenção. Muita coisa pode acontecer se eu simplesmente me abrir. E por muito repetitivo que seja registar […]