Medo do compromisso

sobre o EP69 – medo do compromisso

Já o questionei por mim. Agora, questiono-o por ter ainda mais gente na equação. A inquietação foi intensificada em algumas sessões de terapia, por consequência das minhas faltas que, em algumas fases, eram pontuais. No entanto, ainda não havia chegado ao nível de me ver envolvida numa dinâmica em que uma das partes mostrasse um medo do compromisso tão evidente, ao ponto de nem eu o poder mascarar com fantasias.

Das minhas pesquisas, anotei o que, para mim, são as bases desse mesmo medo …

Medo de perder a liberdade individual, a autonomia, de entrar no pacato. Não quererem que alguém prejudique o seu equilíbrio. Há um medo de se perderem no outro e na relação; de perderem totalmente as suas rotinas.

Medo de se desiludirem e ao outro. Medo de perderem o controlo das próprias emoções, de se entregarem e enlouquecerem. Medo da vulnerabilidade. Medo de se sentirem insuficientes, de não irem ao encontro das expectativas do outro. Medo de ficarem sufocados. Medo de serem controlados.

Susto consequente de possíveis novidades (sobretudo se forem de carácter positivo). Medo de magoar. Fobia de se aprofundarem, prejudicando as relações. Históricos de abandono, más relações passadas, de saírem magoados (filofobia). Insatisfação relacional. A ideia de que a próxima relação poderá ser melhor.

A aderências às relações líquidas, baseadas numa crença de que, assim, poderão ter o ambiente controlado.

Não existe a pessoa perfeita. As relações são construídas. Quem tudo quer tudo perde. Confundo os meus e os sentimentos do parceiro, num jogo de manipulação que acaba por fazer com que o outro se sinta culpado por algo. Boicote como extensão de inseguranças que nos levam a acreditar que não somos merecedores de uma relação saudável.

Excesso ou falta de autoestima. Falta de desejo, coragem ou vontade. “nós nos apaixonamos pelas projeções que criamos do outro” – disse-me uma amiga minha…e eu acrescento que a relação só começa a sério quando enxergamos a realidade e aprendemos a amar isso, sem que isso nos impossibilite de encarar os aspetos negativos que careçam de melhoria.

“a solidão é a experiência de estar no mundo”, disse Emanuel Aragão num dos seus vídeos. Entre tantos outros. O formato deste texto de introdução ao episódio 68 é invariavelmente diferente. Quero respeitar as notas que tirei, além de já não ter palavras que acrescentem ao que foi exposto pelo congresso botânico. Quero comprometer-me a pensar mais sobre o tema, trazendo-o novamente para aqui.

Por ora, é com isto que poderão contar..

Fontes:

Papo com a anahy d’amico https://youtu.be/J62liL6CxVM
Psicólogo nilton campos https://youtu.be/74YOJUGaj8U
Flor e manu https://youtu.be/VclzttmQ_fQ

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥

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