3 Coisas Pelas Quais Estou Grata

Praticar a gratidão diariamente tem sido fundamental na minha vida. Inicialmente, fazia-o como complemento às minhas meditações… Afinal, quando se começa a criar ligações com a espiritualidade, agradecer torna-se quase que inerente. Contudo, conforme as pesquisas que vou fazendo e as novas informações que me vão chegando, decidi aprofundar-me na prática da gratidão.

Sobretudo, por estar a viver uma das fases mais introspetivas de sempre e que demanda imenso da minha maturidade para não sucumbir na negatividade. Mesmo que reconheça que a vida não é linear e que os obstáculos fazem parte do processo, é importante para mim ampliar o meu discernimento no que toca a certas questões existenciais. Por isso, hoje, decidi partilhar, pelo menos, três coisas pelas quais estou grata ultimamente.

⇒ Introduzir-me à terapia

Tal como partilhei no episódio mais recente do Congresso (↓), tomei a decisão de procurar por uma terapeuta. Já o queria desde a minha adolescência, no entanto, os meus pré-conceitos, receios e inseguranças levaram a melhor de mim. Nesta fase mais conturbada, onde reinam as indecisões de várias índoles, percebi que procurar ajuda talvez me beneficiasse.

E não é que me cruzei com dois terapeutas incríveis, além do que oferecem e respetivas acessibilidades? Deixa-me muito nervosa e desconfortável abordar alguns assuntos, ou até mesmo abrir-me. Quando começamos a puxar as linhas cuidadosamente, chego estafada ao final das sessões… Contudo, muito alegre por expor demónios que, dali adiante, me poderão conceder alguma paz.

Em redor do mundo, ainda impera a ideia de que a terapia só encaixa para aqueles a quem se diagnosticam doenças mentais. Porém, a realidade é muito mais ampla do que isso. A terapia é uma ferramenta fundamental para qualquer ser humano, ainda que julguemos ter tudo em ordem. Não, nós nunca temos tudo em ordem! E não há mal algum em procurarmos ajuda, mais não seja para nos melhorarmos e expandirmos as nossas aptidões!

⇒ Encarar-me ao espelho e não ser má comigo mesma

Este é daqueles demónios que estou a aprender a domesticar, para o poder libertar. E o melhor método passa por fazê-lo compreender de que ambos somos capazes… Capazes de adotar hábitos alimentares e de treino saudáveis e que não têm necessariamente de estar vinculados à perda de peso. Essa, por conseguinte, não passa disso: de uma consequência pela inserção e continuidade de bons hábitos.

Cresci a sentir muita aversão pelo meu corpo. Ora pelos comentários maldosos que faziam quanto ao meu aspeto, ao que eu comia, às dietas que deveria aplicar e ao exercício que deveria praticar. Ora pela estética padrão e aceitável pela sociedade. Ou até mesmo pelas vozes tóxicas que foram conquistando um lugar no meu coração. Foi um crescimento muito conturbado dentro de mim e que eu nunca soube transmitir, sem que isso me fizesse sentir ainda pior.

Apesar de, por vezes, ser um pouco dura comigo mesma no cumprimento de certas regras, reconheço que já não me maltrato. Em vez de me julgar pelas responsabilidades que não sigo, afago as costas e permito-me descansar.

Visto que o restante dia também conta para colmatar certas decisões, o segredo tem sido compreender. Compreender os padrões, desconstruí-los e fazer uma substituição saudável. Já me consigo encarar no espelho e apreciar, até mesmo as zonas que me deixam um tanto frustrada. Essa liberdade é facilmente refletida quando danço ou pratico atividades que, dantes, deixavam-me desconfortável. Ou mesmo quando me fotografo e me permito ser fotografada. Além do mais, estou a aprender a ver beleza no todo, criando uma harmonia com os detalhes.

⇒ Estar a tornar-me disciplinada e conseguir acessar à minha criatividade

Escrevo para este blogue há 6 anos. Em 6 anos, houve muita mudança e já me senti tentada a desistir dele. Tal como qualquer outro caminho, protagoniza-se pelos seus altos e baixos. Igualmente, já me comprometi a seguir calendários, planos, temas, múltiplas estratégias… Enfim, tentei fazer por encaixar nos métodos dos demais e que, sem dúvida, combinaram com eles.

No entanto, nunca me enxerguei como a principal fonte de criação dos meus espaços. Como resultado, é natural que me tenha sentido um tanto perdida. As coisas começaram a mudar quando decidi aplicar toda a minha jornada de autoconhecimento nos conteúdos que crio. Tudo se tornou equilibrado e suportável quando me deixei de tretas e decidi seguir o que o meu coração deseja.

Já que ser blogger implica partilhar com gosto e veracidade as minhas experiências, refleti nas razões que me trouxeram até aqui.

Fui sincera para comigo e em relação ao que pretendo com todo este meu trabalho. E policio-me de todas as vezes em que olho para os lados em busca de aprovação. Recomecei a fazer isto de escrever por mim. Nesse sentido, estes últimos dias têm sido maravilhosos! Por mais que deseje revoltar toda a minha rotina, desafiei-me a cumprir com certos detalhes. Tenho conseguido escrever o que me comprometo a escrever.

Também tenho sido capaz de acessar a várias ideias dentro de mim e a moldá-las como idealizo. Além do mais, tenho conseguido desconstruir o receio de abordar muitas delas e criar conteúdo em torno disso. Estou a aprender a deixar de lado o medo de criar, abrindo-me à experimentação. Nem tudo sairá a 100% e eu não quero perfeição. Pretendo, sem dúvida, cumprir com os meus objetivos e presentear o mundo com a minha essência. Ao mesmo tempo, desejo descobrir-me pelo meio.

Entretanto, conta-me três coisas pelas quais te tens sentido grato/a/e! ♥

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥

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