Os Louros Partilhados como Estímulo de Ideias e Projetos

Chá de hortelã aqui ao lado. Café no fogão. O aquecedor ligado e uma atmosfera que indica em que dia da semana estou: domingo, 24 de janeiro de 2020, dia de votações. Já lá fui e, do que tenho memória, foi a primeira vez em que levei menos de 5 minutos a preencher a folha de votos e a regressar para casa… Pelo menos, esta pandemia obrigou-nos a apurar um sentido que, sinceramente, espero que se perpetue: o da organização.

Claro que existem exceções pelo quotidiano adentro, contudo, creio que se tornou numa mais-valia em certas situações. Hoje, é daqueles dias em que se me assentou a vontade de escrever, embora não esteja certa dos assuntos a abordar. Poderia, sem dúvida alguma, sofrer pela falta de apontamentos, todavia, é o que mais tenho. Ora pelos cadernos que empilho na secretária, ora pelos blocos de notas digitais. Ideias, essas nunca me faltam!

Também não me posso queixar muito dos distúrbios da disciplina, visto que nos últimos dias, até me tenho organizado bem e colocado em prática projetos com os quais tenho crescido imenso.

O meu planner, como já te dei a conhecer no blogue, é um desses projetos! Ele tem-me dado imenso que pensar, sobretudo no requisito do mérito. Quero com isto dizer o seguinte: quantas ideias, na realidade, são nossas na íntegra? Não terão elas sempre origem em conversas casuais, conteúdos consumidos, músicas que deixamos como pano de fundo num cenário de descontração?

Sempre soube do que se tratava um planner. Por si só, ter decidido investir na criação de um não seria novidade para quem o utilizasse… Fui elucidada, apenas, quando uma amiga sugeriu-me torná-lo numa das minhas imagens de marca. Já muito antes, uma coach com quem troquei uns dedos de conversa, também aconselhou que eu perscrutasse em mim alguma temática que servisse enquanto âncora para um infoproduto… 

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Quando a minha amiga trouxe ao de cima a sugestão de eu me inspirar nos meus métodos de organização, intuindo na ajuda dos demais, a minha mente viajou!

Foi como se, por consequência, um portão se tivesse escancarado e eu pudesse, assim, visualizar tudo o que eu poderia abordar dali adiante. Fizemos um brainstorming inicial, mas só quando eu cheguei a casa nesse dia, meditei e esvaziei a cabeça, é que se me fez o click… E se eu agregasse o conceito de planner, ou seja, a arte de nos organizarmos diariamente, ao de estimular a arte do autoconhecimento?

E se, mesmo tendo imenso para aprender sobre o assunto, eu juntasse toda a bagagem que me empata e a tornasse numa aliada? Que tal, então, sacudir de mim resíduos prejudiciais, transformando-os em adubo para o meu jardim? Gosto e tenho jeito para comunicar. Ajudar o próximo é o que, para mim, integra no sentido da vida. Aprecio quando sei que impactei positivamente na vida dos outros…

Tenho escutado pelos meus podcasts e canais do youtube favoritos que enquanto indivíduos, nós nunca estaremos prontos para dar a conhecer um projeto… Portanto, porquê aguardar por determinados amadurecimentos, quando nunca haverá o momento certo? Se toda a nossa existência é efémera, porquê disfarçar esse entendimento com um lençol de ilusões e não aceitar a efemeridade?

Sendo assim, quantos projetos é que eu já não arquivei por não me sentir pronta, e que atualmente me poderiam ter levado longe?

Aprendi. Obviamente que aprendi com os arquivos e as vivências, daí conseguir afirmar que já não esperarei para dar a conhecer os meus projetos, mesmo que algumas ideias iniciais não partam de mim. Ensinam-nos, na generalidade, de que algo prima pela autenticidade quando apenas nós trabalhamos naquilo. Cresci muito formatada a julgar de que os meus projetos só refletiriam a minha personalidade se apenas EU me dedicasse a eles.

Acontece que enquanto espécie, não somos nada sem dominarmos a arte de comunidade. Sozinhos somos bons, mas juntos vamos longe, como muito se prega por aí… E mentira não é! Desse modo, algo que tenho vindo a aprender com a concepção do “Verde de Flora” é que trabalharmos com as pessoas certas traz ao de cima facetas do nosso potencial que jamais brilhariam, se não tivesse sido pelo estímulo exterior. Não devemos temer integrar os demais nas conquistas, sobretudo quando existem tantas pessoas que nos querem genuinamente ajudar e elucidar!

Se não fosse pelos amigos que tenho, pelos parentes que me apoiam, eu não estaria aqui, em frente do computador, a refletir no quão poderoso é aprender a partilhar ideias… No quão estimulante é experimentar um seio tão dinâmico, criativo e com capacidade para crescer e dar frutos deliciosos! Não fosse pelo meu amadurecimento individual e que necessita sim de momentos mais isolados, eu não saberia como me dar, nem tão pouco como pedir auxílio nas ocasiões em que toda a minha mente se tolda pelo breu.

Por isso, enquanto eu puder partilhar o que me atravessar a mente e atiçar essa descoberta nos demais, numa troca sincera e energética, fá-lo-ei!

Sei que sempre serei agraciada com feedback construtivo, evoluindo junto do que planear. Temer admitir que as nossas ideias são, na realidade, resultado de outro conjunto de ideias que, dessa forma, partem de outro conjunto é negligente. Acrescentaria, também, que nos condiciona a não sair da caixa, com receio de nos deixarmos influenciar… Inspirar! E é tão maravilhoso quando nos deixamos inspirar!

Podemos, daqui adiante, deixarmo-nos inspirar mais? ♥

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥

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