Existem inúmeras razões pelas quais gosto de organizar uma festa ou almoçarada, no entanto, a que me impacta mais, acima de tudo, é a união que se forma a partir do momento em que as pessoas que se comprometeram para tal, aparecem no evento. O motivo pode ser pequeníssimo, mas quando elas aparecem para te fazer feliz, não há uma outra emoção que te poderá preencher a alma. Fazer anos não é coisa pouca, e quando decido organizar uma festa e convidar pessoas, não é qualquer um que eu quero perto de mim. Quando a questão é celebrar, é natural que eu queira as pessoas mais importantes a celebrarem comigo, a gritarem comigo, a aplaudirem comigo… E, ao longo destes anos todos, tem sido sempre assim: eu tenho uma sorte do caraças por poder apagar as velas com as pessoas que, antes do acontecimento, estão lá SEMPRE, a toda a hora e em caso de necessidade.
Sou capaz de afirmar que, dentro de muitas, a festa de ontem foi a melhor que eu poderia ter vivido, não só porque a vida fez questão de me abrir os olhos para as coisas que realmente importam, mas também porque me apercebi de que aquela era a família que eu queria ter comigo, seja de sangue ou não. O dia pode ter começado mal, mas terminou de tal forma, que me foi impossível adormecer sem pincelar o rosto com um sorriso, pese embora o peso que se carregava nos olhos. O decorrer do dez de junho de dois mil e dezassete superou as minhas expectativas. Para começar, apagar as velas quando estamos a cem porcento à vontade connosco mesmos é do caraças! Em dezanove anos, este foi o primeiro em que eu me identifiquei na perfeição com a figura que tenho, com as pessoas que tenho e com tudo aquilo que faço. Há dois ou três meses, eu relatei à minha mãe que este haveria de ser o ano em que isso acabaria por acontecer, e eis que a suposição se tornou verdade. Ver todas aquelas pessoas a surgirem, a conviverem, a unirem-se, apenas por minha causa, foi e continua a ser fenomenal. Nunca me passou pela cabeça que amigos do outro lado do rio se deslocariam de tão longe só para poderem estar comigo. Se no passado era-me difícil de acreditar, então já não posso duvidar de mais nada.
Para além das pessoas, a refeição acabou por se tornar naquilo que eu queria, num prato que, sem nos darmos conta, desapareceu das nossas vistas de tão agradável, assim como o bolo de anos, que me deu uma dor de cabeça descomunal, contudo, que logo foi solucionado pela minha mãe! Fez-se um mini jogo de basquet, jogou-se às cartas, conversámos, bebemos, comemos, alguns de nós, incluindo eu, fomos a um evento que passou filmes de terror, enfim, celebrámos à grande e eu não poderia estar mais feliz por isso. Fui capaz de me abstrair de muitos pensamentos e sentimentos, bebi de cada energia positiva e tive direito a prendas e pessoas de que não estava nada à espera.
Por tudo isto e muito mais, quero agradecer a todos, mas é que é mesmo a todos os que me desejaram os parabéns, aos que estiveram presentes comigo, aos que não estiveram e nem me desejaram nada, pelo que fizeram. Pode parecer estranho esta última parte, mas vocês nem imaginam o bem que me fazem ao não me terem dito nada, principalmente os mais próximos, porque assim sei com quem e não contar nestas alturas. Porque em todas as épocas do ano, é essencialmente no nosso aniversário que descobrimos quem é que queremos conservar nas nossas vidas, porque é tal como dizem por aí, se não estão connosco nos momentos de maior tristeza, então não poderão querer celebrar as nossas vitórias. Feliz ou infelizmente, levo este ensinamento muito ao pé da letra, quando por vezes desejaria que assim não o fosse. É com muita pena minha que vejo muita coisa a se transfigurar, porventura, é de igual forma gratificante. Se for para viver a vida, que seja com quem nos quer bem de maneira genuína e sincera. Sem isso, não vale de nada.
O dia dez já passou, mas nunca é demais parabenizarmo-nos, seja no dia do nosso nascimento, quanto nos restantes. Preciso de deixar isto registado, especialmente para mim, para o caso de eu ter uma recaída emocional. Carolayne do futuro, tu sabes perfeitamente o que é que te custou para chegares aonde chegaste, e eu só te peço, de consciência muito limpa, que nunca te esqueças de quem olhou por ti, de quem te quis bem, e muito menos de ti mesma. Passem os anos que passarem, nunca, mas é que mesmo nunca, percas essa vontade de viver os momentos tal como eles merecem. Vai à luta, com ou sem forças, e não deixes que as oportunidades te passem ao lado! Quanto a vocês que estão de fora, o recado é o mesmo! Parabéns a todos nós!
2 Comments
Francisca Gonçalves Bloom Blogue
12 de Junho, 2017 at 17:34Lyne, não tenho palavras para conseguir descrever o quão feliz pareces! 🙂
Beijinho grande!
https://bloomblogue.blogspot.pt
Cherry
13 de Junho, 2017 at 11:05Tiveste um dia mesmo feliz, tal como o mereces :). É tão bom quando temos pessoas que se importam connosco ao nosso lado.
Que daqui para a frente sejas tão ou mais feliz como sms sido até aqui :).
Beijinhos,
Cherry
Blog: Life of Cherry