Com base na experiência, sei dizer-vos que existem certas coisas que nos são capazes de provar que estamos a caminho da auto-aceitação. Para alguns, o facto de andarmos de fato-de-treino, carrapito na cabeça e fones em plena rua é sinal de desleixo, mas para mim, isso significa liberdade. Ainda hoje, saí à rua como os tempos do basquet mandavam, de sweatshirt e calções, uns ténis de “descanso”, meias à mostra e um cachecol, tendo em conta o frio. E embora esse seja o meu estado natural, não fosse eu uma grande amante de roupa desportiva, houve tempos em que a opinião dos outros me latejava na cabeça em forma de preocupação. Durante muito tempo, esse era o meu foco: agradar os outros. E mal sabia eu que esse era o meu único e grande erro: tentar agradar os outros. Sim, eu dou importância àquilo que certas pessoas me dizem, mas nem isso me demove de optar por algo que a mim me soa melhor. A primeira prova de que nos aceitamos como realmente somos passa pelo facto de nem sequer nos atravessar o pensamento aquilo que os outros pensarão de nós. Que se dane isso. Se essas mesmas pessoas tivessem com que se preocupar, o alvo seriam elas, e não nós.
Crescer tem destas coisas. Estarmos rodeados de ótimos ambientes também. Há quem desvalorize, e bastante, a convivência que se pode estabelecer connosco mesmos, dando primazia aos outros, mas isso é tão aborrecido. Aborrecido no sentido de esperarem sempre que os outros lhes indiquem o caminho a seguir, as coisas a fazer, as respostas a escolher… E isso soa tão mau quanto julgarem que a vida dos outros vos pertence a vocês. Esqueçam essas coisas. Preocupem-se mais convosco. Encarem-se no espelho e vivam por vocês. E nunca pelos outros.
6 Comments
Ju
13 de Janeiro, 2017 at 17:00e é incrível quando nos auto aceitamos 🙂
Cherry
13 de Janeiro, 2017 at 18:32Concordo com tudo a 100 %! Excelente post!
Quando gostamos de nós, o que os outros pensam que se lixe :). Antigamente, também me preocupava muito com o que os outros pensavam de mim, mas agora nem quero saber, e isso é uma sensação tão libertadora :).
Beijinhos,
Cherry
Blog: Life of Cherry
-Valéria
14 de Janeiro, 2017 at 11:06Concordo com tudo o que disseste!
Adorei este post!
Beijinhos 🙂
dailyvlife.blogspot.pt
Camila
14 de Janeiro, 2017 at 13:03É tão bom quando chegamos a este ponto! Espero bem que te continues a aceitar!
Ricardo Francisco
14 de Janeiro, 2017 at 20:44Tens toda a razão. O importante é fazer/seguir aquilo que gostamos, sem que nos sintamos "presos" à opinião dos outros. Infelizmente ainda sou refém deste problema, mas já estive pior 🙂
Ricardo, The Ghostly Walker.
Nêsa
15 de Janeiro, 2017 at 18:06Concordo plenamente, o importante é NÓS gostarmos e sentirmo-nos confortáveis com a roupa e nós mesmos. Pegando num exemplo semelhante, eu até há bem pouco tempo não usava determinada peça de roupa por achar que me iria ficar mal (p.e. boyfriend/mom jeans – calças largas basicamente), mas gostava imenso. Deixei de me preocupar com isso e sinto que isso se notou na evolução do meu estilo e na confiança com que visto as peças.