O SONO NO LUGAR DOS ENJOOS \ Há coisa que dias, eu era pessoa de ficar enjoada nas viagens de barco. Tendo em conta que era algo que fazia muito esporadicamente, a tendência era de me sentir indisposta assim que tocasse com os pés na zona térrea da estação do meu destino. Depois de duas semanas de aulas, agregando ao facto de ter de madrugar todos os dias, os enjoos passaram a ser nada ao lado do sono com que me sinto sempre que acordo. Aproveito a deixa da totalidade das quatro horas de viagem – ida e volta – para queimar os minutos que ficaram por queimar durante a noite.
SE NÃO HOUVER SONO, SEMPRE HÁ LIVROS \ Uma das outras coisas que passei a fazer durante as viagens de ida e volta para a faculdade – embora com pouca frequência – é ler. Seja o livro que alimenta o bicho do lazer ou aquele que o professor de Cultura nos transmitiu, a verdade é que o tempo passa a correr – como sempre passam – quando mergulho nas palavras que as diversas páginas de uma obra me podem oferecer (e não no rio, se é que me entendem!).
HÁ QUE SABER ESCOLHER ENTRE DORMIR, ESCREVER OU LER \ Sendo que, atualmente, dormir faz parte de qualquer preferência minha, não há muito que possa fazer para controlar o cansaço. Há dias que não coloco os olhos em cima do livro que estou a ler de momento, ou mesmo nos meus blogues favoritos – com muitíssima pena minha – mas tentarei que para a semana que vem, esse problema se resolva. Acredito que este ritmo ao qual me estou a habituar complete um ciclo de um mês, de modo a que me consiga organizar ainda melhor! Mas por hora, aproveitarei todos os segundos para fazer uma pequena sesta! (e que bem que me sabem estes momentos!)
FUI ELEITA DELEGADA \ Como muito me dizem, eu devo ter cara de política, pois há anos que não me lembro de nunca ter sido delegada ou sub-delegada de turma (na verdade, isso só aconteceu no 10º ano). Sei que para além das responsabilidades do cargo, é um grande sinal de que os meus colegas confiam em mim, mesmo quando só nos conhecemos há meia dúzia de dias. No que depender de mim, farei bem o meu trabalho!
ALGUNS FICARAM PARA TRÁS, MAS OUTROS ESTÃO POR VIR \ Confesso que já não sou pessoa de lamentar muito o facto de deixar de ver as pessoas com as quais comunicava diariamente. Sei por experiência que quanto mais lamentamos, pior é a nossa situação, e a probabilidade de não fazermos acontecer é ainda maior. Sabe bem melhor recebermos ou fazermos uma chamada a combinarmos algo na hora e deixar que o fator surpresa faça o seu trabalho que é exatamente surpreendermos, do que combinarmos anos antes um café. Ou porque surgiu um imprevisto, ou porque os transportes estão em greve, e todo um leque de manifestações contra aquela saída há muito combinada. Essa quebra no compromisso chega a ser uma facada ainda maior, tendo em conta o facto de nos termos preparado psicologicamente para aquele momento. O que quero dizer é que as situações inesperadas passaram a ganhar um apreço da minha parte. Se antes era adepta de preparar uma saída com três meses de antecedência, hoje em dia prefiro algo mais informal e retirar daí uma vontade ainda maior de cumprir com essa informalidade. Para além do mais, são nas ocasiões de maior aperto, que eu consigo sentir quais são as pessoas do passado que eu quero realmente no meu presente. O caso estende-se, também, para a quantidade de pessoas que tenho vindo a conhecer pela faculdade. O que tiver de ser, será.
ENTREI NAS PRAXES SEM ESPERAR NADA, E SAÍ DE LÁ DE CORAÇÃO CHEIO \ Tal como me dediquei a relatar nas publicações acerca da Praxe, repito o que disse: foram os melhores cinco dias que poderia ter vivido. Toda aquela animação, aquele respeito e aquela familiaridade com os quais me identifiquei valeram por todo o cansaço que sentia no final dos dias. Foi uma experiência que recomendo que os futuros caloiros vivam, não só para retirarem as próprias conclusões acerca do assunto, como também para se aperceberem de que talvez não seja assim tão mau!
1 Comment
Paula Laranjeira
30 de Setembro, 2016 at 16:21Como te percebo quanto ao recuperar as horas de sono nas viagens (por aqui são 3h por dia e às vezes acordo quando chego ao Porto e a desejar que a viagem até à faculdade dure mais umas 2h para poder continuar a dormir) :p Fico feliz que estejas a gostar, Lyne, mereces! 🙂