sobre o EP58 – amores sem sentido & a participação no podcast Ouro Sobre Azul
Acho que se me tivesse comprometido a criar tanto conteúdo em torno do amor, para esta comemoração que tanto faz sentido aos demais, não teria corrido assim tão bem. Abordei a Salomé Santos, hostess do podcast Ouro Sobre Azul, quando, num dos seus episódios, ela partilhou o quão interessante seria levar alguém para falar sobre dating apps. Naquele momento, as minhas antenas ergueram-se até aos céus. E, deixando de lado a vergonha, autoconvidei-me para tal.
Que eu partilho muito conteúdo sobre amor e dating apps não é novidade para quem me acompanha.
No entanto, ainda não o tinha feito fora das minhas plataformas. Assim, e no seguimento das últimas descobertas em torno da minha postura e contribuição nas diversas relações e interações que tenho, achei que seria boa ideia sair da bolha e partilhar a minha visão. Sem dúvida que foi uma boa experiência conversar com alguém comprometida e concordar em muitos aspetos.
Mais surpreendente foi observar, em mim, tantos progressos desde o momento em que procurei ajuda terapêutica. Abri-me sem medos, desembrulhando ainda mais visões que, até então, ainda não se tinham revelado. Por consequência, e como complemento às partilhas em Ouro Sobre Azul, gravei como me sinto em relação aos meus amores sem sentido.
É quando me apaixono que produzo grande parte dos meus textos e poemas. Há qualquer coisa de fascinante no ato de nutrir sentimentos por alguém e extrai-lo para o papel. Ultimamente, porém, não tenho escrito muito sobre amor. Tenho vindo a notar que só o faço quando guardo palavras e preciso, com alguma urgência, de lhes dar vazão. É aí que escrevo.
O que por vezes chamo de inspiração foi, efetivamente, vivido, explorado, posto à prova na companhia de outras pessoas.
Devo a essas experiências o olhar aberto, de muita candura, com o qual já observo os meus amores do passado. Dou-me conta, então, de como muitos deles não faziam sentido, embora o tenham feito para o eu do passado. Sempre que me coloco a limpar a vitrine, descubro o quão alucinantes foram as minhas paixões de outrora, detalhes que justificam o fim daquelas interações.
Não me censuro. Compreendo agora que o meu radar funcionou com base nas informações que tinha à disposição. Sem dúvida que pensar assim ter-me-ia ajudado antes, só que também não teria aprendido o que partilhei no episódio mais recente do Congresso Botânico. Mesmo que não esteja cega de paixão, é com amor que continuo a falar de amor. Só assim para fazer sentido.
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