Um dos pontos que sempre me chamou à atenção está relacionado com a comida. Já não é novidade este meu fascínio pela prática de cozinhar e me entregar, sempre que o faço, e eu acredito que a comida é capaz de amenizar qualquer que seja a situação onde estivermos envolvidos, pelo facto de que nos manter aconchegados, não só fisicamente, dado que sem alimento, dificilmente nos mantemos vivos, como também espiritualmente e pelas conexões que estabelecemos com outros seres humanos, em redor do mundo. A comida trata-se de uma linguagem que é compreendida por todos, mesmo quando não nos vemos capazes de identificar, ao certo, o ingrediente que nos chamou particularmente a atenção.
Quando entrei no avião, alimentei a certeza da
possibilidade de poder vir a conhecer outras culturas através dos seus
alimentos. Levaram-me a experimentar um doce bastante tradicional das
Filipinas, o Bilog Ube, no MAMASONS DIRTY ICE CREAM,
Chinatown. Esta sobremesa é difícil de ser descrita. Poderia enveredar
por uma explicação simples, pegando nas bolas de berlim ou nas bolas de
manteiga como fator de comparação, com o acréscimo de terem uma massa
crocante por fora, mega macia por dentro, morna como um conjunto,
recheada com ube, uma planta arroxeada das filipinas e cujo sabor nunca senti igual.
Para o ube, não posso construir uma balança, apenas experimentando é que cada um poderá moldar uma concepção pessoal. Recordo-me da sua frescura, exatamente por me ter sido apresentado como um gelado, e da franca explosão de sabores entre as duas partes unificadas. A acompanhar, já antes tínhamos passado pelo CUPPACHA BUBBLE TEA, Chinatown, dado que eu nunca havia experimentado Bubble Tea. Confesso: essa minha primeira experiência não me deixou agradada, porque escolhi mal, no entanto, dias depois, quando fomos ao BIJU BUUBLE TEAM ROOM SOHO, St. Soho, fui aconselhada a escolher um Bubble Tea de ube com bolinhas de tapioca e fiquei apaixonada!
Na hora de almoço, levaram-me ao WAGAMAMA, Leicester Square, um restaurante asiático, onde provei o famoso ramén de carne, rendendo-me não só à quantidade, como também aos sabores, odores e conforto que dali extraí. Cheguei a visitar mais um ou dois restaurantes, um deles o FIVE GUYS, Covent Garden, uma hamburgueria fast-food, mas cuja qualidade ultrapassa a do McDonald’s e a do Burguer King, não só pela oferta de ingredientes e a possibilidade de personalização, como pelo confeccionamento de um delicioso hambúrguer e de batatas caseiras temperadas e muito bem fritas. Para terem noção, um menu médio no FIVE GUYS equivale a dois da mesma espécie e só assim percebemos o quão valioso e benéfico é apostar em novas marcas, de preço acessível.
Para além desta hamburgueria, visitei uma outra em Peterborough, APPLE CART, e cujo conceito espacial está mais ligado aos tradicionais pubs ingleses. No geral, considero que todas as experiências foram bastante positivas e dignas de partilha e confirmação. No que depender de mim, enquanto humana e viajante, tentarei por nunca deixar de parte esta minha curiosidade em relação à gastronomia, pois, acredito que se trate de um meio de comunicação bastante peculiar e rico. Caso estejam a planear uma ida a Londres, fica impressa esta carta resumida da minha barriga feliz e espero, de coração, que vos deixe tão entusiasmados como me deixou a mim!
2 Comments
TheNotSoGirlyGirl
18 de Junho, 2019 at 15:15tanta comida boa uau!
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Beatriz Sousa
19 de Junho, 2019 at 17:56Sinceramente agora ia mesmo uma dessas bolas das filipinas 😮