ESPETÁCULOS | Janela Aberta – ao Vivo

Assim que vi que ele voltaria a estar em Lisboa no dia 4 de junho, dei umas trezentas voltas à cabeça até escolher comprar o bilhete. Acompanho o Miguel com afinco desde 2017, um dos anos mais bizarros da minha licenciatura. No entanto, de todas as memórias que de lá consigo capturar, só se sobressaem as do Miguel.

Quando ele se revolucionou com as suas abordagens no youtube, mostrando-se mais maduro do que na adolescência. Quando ele lançou o “Crocodildo” – e do qual já falei aqui. Das semanas em que ele experimentou escrever para um blogue. Assim que voltou para a faculdade, criando um podcast. Pareço uma autêntica stalker. Talvez o seja.

A verdade é que a minha admiração tem-se desenvolvendo, paralela à sua dedicação… Sobretudo agora, que vou conhecendo melhor os contornos das suas motivações para criar tanto.

Sei-o muito através do podcast “Janela Aberta”. Acredito que, tal como qualquer outra pessoa no século atual, facilmente me identifiquei com a questão da ansiedade, mesmo sem reconhecer que a minha existia. Sempre percebi do que o Miguel falava, pese embora o que me faltava explorar. Foram necessários eventos na minha vida para despertar para a realidade e encará-la ali, pegando nas palavras do Miguel, sentada à cabeceira a espreitar pelos meus sonhos, pressionando-me para discernir a natureza das minhas espirais.

Acima de tudo, para me obrigar a ficar bem.

Infelizmente, não é bem assim que funciona. Apesar do Miguel não falar apenas da sua ansiedade, contando-nos sobre assuntos casuais conjuntamente com outros mais pesados, não foi apenas isso que me motivou a vê-lo ao vivo. Fui, em parte, devido a uma vozinha que me tem chamado para atividades deste género. E que espetáculo!

O Miguel tem mesmo jeito para isto, para nos prender a atenção, largando piadas com graça nos momentos certos.

O rapaz é carismático, não só pela presença descontraída e identificável, como também pela sua simplicidade, simpatia e autenticidade! O silêncio no Teatro Tivoli BBVA não foi resultado de desinteresse, antes pelo contrário: o público estava tão imerso no espetáculo, reconhecendo a qualidade do trabalho do Miguel através de aplausos sentidos, que mal ousamos largar um suspiro ou desviar o olhar…

Pelo menos, foi o que se sucedeu comigo.

Escrevo tudo isto de sorriso no rosto, porque enquanto criativa, estar na presença de outro inspira-me! Isto para não falar de que sempre o quis ver e abraçar, não obstante este último gesto (ainda) não se ter sucedido. Quem sabe um dia, quando deixar completamente de lado a minha timidez! risos

É uma pena que esta tenha sido a penúltima data da sua digressão, assim como uma sorte, uma vez que só soube desta informação recentemente. De qualquer das maneiras, continuarei atenta. Quiçá, algo do género surja novamente na vida do Miguel, pincelando os nossos espíritos de alegria! ♥

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥

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