Um Domingo como os Outros, mas Diferente dos Demais

Já sei porque me ando a sentir entediada. Raramente tenho marcado presença nas redes sociais. Logo, o tempo que ali dispensava, além de se tornar livre, faz-me sentir desocupada. Não que esteja a reclamar. Aliás, só me apercebi deste facto enquanto lavava a loiça do jantar e recapitulava o meu dia.

Apenas achei importante assinalá-lo, como recordação para outros momentos de tédio. Tenho a leve sensação de que quando presto atenção a certos pensamentos, tecendo cogitações, fica-me mais fácil de solucionar futuros momentos. Torna-se mais fácil de reconhecer o que se passa comigo, conforme as mudanças na rotina.

É domingo, dia 18 de abril.
O sol aqueceu e iluminou este dia, despontando odores adocicados e beijando a pele do meu ombro despido.

Almocei uma das minhas comidas favoritas, seguindo para um gelado. Raramente como gelados ou doces na generalidade, no entanto, apeteceu-me. Fiz uma sesta que me encaminhou daqui para outro lado, embalada pelas vozes da Rita e do Guilherme, hosts no Terapia de Casal.

Já não lhes dedicava a devida atenção há algum tempo, pelo que quando escutei a música introdutória, foi como se tivesse entrado num outro mundo. Vieram ao de cima sensações há muito esquecidas, sobretudo por estar consciente de não me estar a entregar a atividades de que gosto e com as quais aprendo mais sobre o mundo e sobre mim.

Assim que acordei, além de sentir o fresco consequente do tempo que se fechou, as nuvens pontuavam as suas formas no céu. Não posso negar a beleza dos seus padrões, contudo, não contava com esta mudança tão repentina.

Gosto de pensar que o tempo se transformou pelo facto de eu ter dormido e me ausentado, por algumas horas.

Enquanto martelo os dedos pelo teclado, sinto uma certa dificuldade no indicador direito, pois, cortei-o enquanto limava a sua unha. Coisa bela de se fazer, diria. Os meus algoritmos do YouTube têm estado um tanto estranhos, mas sem dúvida que me têm apresentado muita boa música.

Músicas, até, que eu teria alguma dificuldade em encontrar por conta própria… Visto que pouco conheço de estilos e apenas me deixo conduzir pelos ritmos que se me apresentam. Em termos musicais, não me vinculo a um só estilo, artista, música… Embora as últimas descobertas me façam recordar, especificamente, de tardes de verão.

Ou a conduzir de janelas abertas, ou à sombra de uma árvore ou chapéu de praia. Despertam-me, igualmente, uma fome de melancia. Talvez, um dia, fale um pouco dessas descobertas. Deixo, porém, uma delas, só para que não morras de curiosidade!

Ultimamente, os meus artigos pelo blogue têm-se cingido a nada mais do que registos do meu quotidiano. Como se estivesse a estender a função do meu caderno de reflexões para aqui.

Gosto disso. Já que a minha vontade tem navegado por esses mares, não me quero contradizer. Tentei contradizer-me ao longo destes dias, daí não ter publicado na sexta e sábado passados. Como seria de esperar, não me ajudou em nada. Nunca ajuda tentar construir barreiras em torno do que o meu coração me quer ditar, somente por não diferir de um mesmo tema.

Olha, tem sido essa a minha tendência, que mais poderei fazer? Além de criar e aceitar, abraçar-me. Se me apetece escrever sobre aleatoriedades, registar os meus dias, o que vou pensando… Que assim o seja! Terminei o tal livro do Mia Couto, em pouco mais de uma semana. Já não sabia o que era devorar um livro tão rapidamente. Claro que a sua dimensão ajudou. Porém, esta história reacendeu uma chama que há muito estava adormecida…

Ademais, relembrou-me das razões de eu adorar viajar entre livros. A sensação de conforto. A curiosidade como rosa dos ventos. Não me dar conta da passagem das páginas e que medem o tempo… Conto falar um pouco dele na sexta-feira, se não me armadilhar de desculpas. Até lá, terei muito que saborear, melhorar e aprender.

Fico-me, portanto, por aqui. Por enquanto! ♥

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥

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