De todas as vezes em que medito e sei como perpetuar as sensações de cada sessão, no dia-a-dia. Quando aponto no meu caderno todos os pensamentos que habitam em mim e que, mesmo em discordância, se acalmam e se perdoam. A ler obras que primam pela sua dimensão física e, principalmente, pelo seu impacto emocional e psicológico. Quando me deixo levar pelo sabor do vento e caminho contra os meus próprios planos, surpreendendo-me com as nuances das improbabilidades. A conhecer novas pessoas. Nas conversas que se estendem pela madrugada fora. A dar abraços apertados. A recebê-los, acompanhados de um beijinho doce. A gargalhar desalmadamente, pelas situações mais ridículas e improváveis. Quando cozinho para os demais. Quando cozinham para mim, por muito simples que seja. Quando se disponibilizam para me escutar. A dançar. A beber chá. A dialogar comigo mesma. Ao dispensar horas às minhas cogitações. Com os meus pais. Quando compreendem que existe muito mais do que aquilo que exponho. A escrever. Na companhia das minhas plantas. No conforto da minha casa. Nos dias gélidos e que, surpreendentemente, me fazem prestar atenção a todas as partículas do meu corpo. No banho. A alongar. A olhar pela janela, seja em dias de verão ou de inverno. A celebrar pequenas conquistas. Quando reencontro alguém que me diz imenso. A fotografar. A contar histórias. Quando sabem que podem confiar e contar comigo, seja para o que for. A ouvir música. Nos dias de chuva, tal como neste momento em que vos escrevo isto. Quando, mais do que julgaria possível, ultrapasso um obstáculo com sucesso.
Obrigada, Inn, por me teres inspirado a tal reflexão! ♥
1 Comment
PROJETO 642 | Por Que Motivo Escreves? | imperium blog
17 de Dezembro, 2020 at 19:51[…] trata mais feridas do que possamos julgar. Escrevo porque, através das palavras, reencontro-me e sinto-me eu mesma. Até o partilhar, não passa de um monólogo que, conforme o estado de espírito, poderá envergar […]