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NÃO HÁ UM CAMINHO CERTO PARA A FELICIDADE….

30 de Janeiro, 2019
Embora seja reconfortante pensar que sim. É sempre mais fácil colocarmos nas costas das expectativas a função de nos aquecer o coração, com inúmeras ideias acerca da nossa felicidade. Chega até a ser utópico definir a vida como um extracto de uma linha contínua e que se esboça de acordo com os nossos desígnios sonhadores e um tanto ingénuos. Apesar de toda esta crueza de pensar, sou mais de crer que a felicidade está em nós. Exatamente. Incrustada algures do nosso ser, quiçá, nas coisas que já fazemos e que nunca encarámos como sendo algo feliz. 

…ELA JÁ EXISTE EM NÓS, SÓ NOS BASTA ACEITAR ISSO!

Como em quase tudo, ainda é intrínseco à nossa sociedade fabricar um conceito de felicidade e realização. Só serás feliz se fores para a faculdade, ganhares rios de dinheiro, viajares pelo mundo, casares e construíres uma família. Por via das dúvidas, e como bónus, convém pré-definir um lugar no mundo da fama e influenciarmos a vida dos outros, preferencialmente, pelo lado positivo. Não demonizo quaisquer dos itens que mencionei, mas também não concordo a cem porcento. E eis as razões: eu já pensei assim, já me fez muito mal e tenho desmaterializado cada vez mais essa linha de pensamento. 
Tenho vindo a acreditar que a nossa vida só a nós nos pertence, na medida em que noventa porcento dela depende das nossas ações e decisões e os restantes dez pertencem ao acaso e às ideologias de quaisquer que sejam as nossas crenças. Há quem não deposite qualquer interesse pelo destino, sendo isso completamente respeitável. Ao destralharmos tudo em nosso redor, torna-se ainda mais claro julgar o que é, afinal, a felicidade, do nosso ponto de vista e não com base no que dizem… Nem mesmo tendo em conta este texto, pois, trata-se da minha opinião, que é baseada nas minhas experiências e eu não estou aqui para “cagar” regras. 
Para mim, planear em demasia, é um tiro no pé. Tratando-se de planificar a felicidade, a bala até faz ricochete. Ela não se trata de uma ciência exacta, cujos cálculos nos conduzirão a uma resposta. É certo existirem etapas ou mesmo passo-a-passo que nos auxiliam a clarificar o pensamento, contudo, não nos podemos deixar obcecar com a ideia de que seremos eternamente felizes tendo as coisas que os demais possuem, dado que cada indivíduo é como é. A meu ver, e por certo muitos concordarão, a felicidade é como qualquer semente: há solos que funcionam melhor do que outros, há espécies que necessitam de mais ou menos água, há que, por detrás de tudo, tecer a paciência e cuidá-la. 
Eventualmente, há de se brotar uma plantinha que se demonstrará capaz de nos iluminar o jardim. Por detrás deste cultivo, reside o tempo, esse que ninguém controla. E, por muito inusitado que seja alimentar este modo de pensar, não passa de um exercício que se pode fazer sozinho, com ajuda profissional, ou mesmo com amigos e familiares de confiança. Sabendo como a encontrar em nós, a felicidade vai-se revelando, sem qualquer sombra de apreensões, apaziguando todas as incertezas que sustentávamos a respeito da sua existência, sendo mais fácil de a aceitar na forma que ela tiver de assumir, no momento em que se manifestar.
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    Andreia Morais
    30 de Janeiro, 2019 at 22:52

    A felicidade é muito pessoal e pode manifestar-se por fases. Precisamos é de aprender a redirecionar o nosso olhar; precisamos de olhar mais para dentro, porque, algures no nosso coração, há sempre um motivo

    • Reply
      Carolayne T. R.
      4 de Fevereiro, 2019 at 21:52

      Sim! O que torna a felicidade numa coisa única é exatamente essa nuance pessoal! E olhar para dentro é essencial!!

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