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RETRO'18 O MÊS DE AGOSTO

2 de Setembro, 2018
Agosto foi um mês fenomenal. Tudo o que eu mais queria começar a fazer no Verão era viajar e eu jamais poderia imaginar de que tal viria a acontecer sem grandes planos da minha parte. Em suma, Agosto foi o mês das viagens e tudo o resto é história! Eu tive a oportunidade de passar duas semanas em Paris, seguido de quatro dias na ilha de São Miguel, tendo voltado a casa com o apetite de uma nova pessoa. Regressei com a inspiração que me estava em falta para combater os meus restantes demónios, reforçando assim as pazes comigo mesma. Estas viagens foram o suficiente para eu limpar a minha mente e cuidar do meu coração, ao ponto de transparecer esta união com um simples olhar.
Eu estou sempre a ler acerca do efeito rejuvenescedor que uma viagem pode ter em alguém, nomeadamente pelo choque de culturas e costumes, mas agora sei que é uma coisa real e que sem dúvida alguma faz toda e qualquer diferença no nosso quotidiano. É deveras compensador viajar, pois, tal atividade ajuda-nos a montar os nossos cacos, a acrescentar vida, a equilibrar ainda mais os nossos bons hábitos. 
Mesmo que continuemos numa tentativa de bater com a cabeça nas paredes, antes disso nos debruçamos nas questões que nos conduzem a tal ato e, após a reflexão, nós respiramos fundo e salvamos o nosso corpo. Viajar tem este efeito: o efeito de nos salvaguardar para o melhor que a vida tem guardado para nós, mesmo que o encaremos como um objeto inexistente e inalcançável. A qualquer momento, a pessoa que retorna no nosso lugar rapidamente encara as oportunidades como uma só e corre atrás delas. Agosto moldou-me de tal maneira que é impossível não apreciar os efeitos positivos que teve em mim.
Aprendi a respirar fundo, aprendi a controlar-me, aprendi a ter saudades das mais pequenas coisas. Não foi e não deixará de ser a primeira vez em que sentir o odor da minha casa me provocou uma sensação de conforto, porém, neste mês em específico, foi como se a minha vida dependesse dessa bóia de salvação e me resgatasse das paranóias de nunca mais me devolver para junto daqueles que, infelizmente, não puderam ir nas bagagens. Os abraços ampararam-me sem eu pedir por isso, os beijinhos aqueceram-me o rosto, as gargalhadas alimentaram-me os ouvidos. Viajar é bom, todavia, regrassar para casa é ainda melhor. E, em Agosto, aprendi a valorizar ainda mais aquelas que tenho: tanto a que segue o arquétipo de “casa”, quanto os braços que me permitem habitar ali, por segundos.

Como foi o vosso mês de Agosto? 😛

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