Embora tenha ficado com o meu pai no mês de Maio, a verdade é que um mês sem as nossas mães por perto quando estamos habituados a elas é um desafio. Não pelo facto de elas serem praticamente as donas da casa, mas sim pelo apoio sentimental que fica a faltar. Felizmente, vivo num ambiente saudável com os meus pais e aqui entreajudamo-nos, sem grandes complicações. Como vos contei na minha reflexão de Maio, a minha mãe foi de férias, logo, a casa ficou praticamente só para mim. Com o meu pai a trabalhar, sobrou-me a tarefa de ter a casa toda em dia e tal como todos nós a gostaríamos de ver! Como seria de se esperar, terminei aqueles trinta dias com imensas aprendizagens tatuadas na alma e as quais quero partilhar convosco!
#1 Há que se ser organizado e poupado quando planeamos a maior parte das refeições só para nós Eu, pelo menos, às vezes tenho a mania de exagerar nas quantidades de comida que faço, acabando por despoletar um certo desperdício e que, com algum planeamento, poderia ter sido evitado. Ainda hoje, forço-me a ter cuidado na hora de cozinhar só para mim, porque quando é para nós os três, não há problema algum em ter algo que sobre para o dia seguinte!;
#2 Ganhamos mais tempo para nós, em contrapartida, a saudade se intensifica Quando a minha mãe está em casa, gosto de dividir o meu espaço com ela. Quando ela não esteve cá, senti que tinha ainda mais tempo para estudar, para ler, etc., contudo, a sua presença fez-me falta e isso é algo que passei a valorizar ainda mais: tanto a sua presença quanta a do meu pai!;
#3 O gosto pelas arrumações se instala sem avisar! Porque, automaticamente, passamos a compreender a frustração dos nossos pais quando vêem uma almofada fora do sítio ou um copo no lava-loiça. Se é nosso, tem de estar bem-tratado!;
#4 Permitimo-nos a momentos de reflexão bastante necessários, como A) Quero mesmo sair da casa dos meus pais assim tão cedo?, B) Quem sou sou eu para esta casa? Qual o meu papel aqui?, C) etc.;
#5 Como as coisas não se fazem sozinhas, temos de ser nós a fazê-las Ajudo nas lidas de casa desde que me recordo com capacidades para tal, mas a verdade é que o caso muda de figura quando somos nós a ter de as fazer. De certa maneira, ganhamos consciência de que ser meramente responsável não chega… Temos de ser mais do que isso!;
#6 Há tempo para tudo, desde que priorizemos aquilo que realmente importa Degustei do que seria viver sozinha, estudar e ter de me dividir para as tarefas da casa e da faculdade, podendo assegurar-vos de que há tempo para descansar, estar com os amigos, estudar, dormir, cozinhar e preparar as marmitas, etc.. Também é verdade que foi em Maio que mais vezes paguei o almoço na faculdade, mas de qualquer das formas, tinha de jantar e eu sempre tive o cuidado de cozinhar a mais para restar para o dia seguinte! Estive com os meus amigos imensas vezes, dormia a horas decentes e raramente deixava a loiça suja por lavar. Como podem ver, é uma questão de organização!;
#7 Por muitos amigos que tenhamos, não há assim tantas festas na ausência dos pais Os meus amigos vêm almoçar comigo imensas vezes, mas não me recordo de um único dia em que eu os tenha convidado aos montes para cá virem, na ausência da minha mãe ou quando o meu pai trabalhava à noite. A responsabilidade não serve apenas para o facto de varrermos o chão quando deixamos cair migalhas, ou para ler um livro para a faculdade. Sem os nossos pais por perto, aprendemos a escolher a segurança de eles confiarem em nós!;
#8 Não deixar nada para a última poupa-nos imenso tempo Isto já é certo e sabido pelo mundo inteiro, porém, nunca é demais relembrar de que procrastinar não é de todo saudável – embora, de vez em quando, nos faça bem estar na preguiça! -, e quanto mais dinâmicos formos, riscando os pontos da nossa lista de afazeres sem comprometer nada, mais tempo salvamos para o futuro!
E por hoje, temos isto! Já vos aconteceu ficarem com a casa tanto tempo nas vossas mãos? Como foi a experiência? ♥
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