Tomei uma decisão na minha vida: tudo o que eu pudesse cozinhar em casa, eu o faria, não só para poupar, mas principalmente para ter noção daquilo que eu ia ingerindo, sem correr o risco de apanhar uma depressão por ter comido o que não deveria. Isto já tem dois meses, e quem me segue pelo Instagram, deve ter reparado que neste período de tempo, eu tenho vindo a partilhar fotografias de pratos saudáveis, bonitos e caseiros. Embora nas últimas semanas esteja a fugir do foco principal, a verdade é que finalmente me mentalizei de que as mudanças devem ser aplicadas no dia-a-dia, sem receios de tropeçar e cometer erros. Graças a eles, tenho vindo a descobrir mundos fantásticos, tenho-me sentido mais alegre, e ainda mais apta para pegar em mim e no meu corpo e fazer com que as coisas aconteçam. Sei que muitos vêem na comida um escape do stress, e mesmo eu já passei por isso, o que eu não sabia era que isso acontecia. Quando me apercebi, foi chocante, e ao mesmo tempo, um impulso para fazer as coisas sem pensar muito, sem planear atempadamente, sem desculpas. Muito pesquisei, muito li, muito registei para estar a conseguir chegar a um patamar que há muito esperava.
Há quem não aprecie o ato de cozinhar, já eu, divirto-me imenso a fazê-lo. Gosto de colocar uma música de fundo, vestir-me com o avental e explorar tudo aquilo a que tiver direito na hora de confeccionar uma receita. Tem sido tão, mas tão divertido ter esta liberdade que eu, de certa forma, receava. Os meus pais nunca me impediram de estar na cozinha, com aquele típico medo de eu pegar fogo a tudo, porque desde muito nova que me habituei às facas, aos fogão e às panelas, logo, quando decidi investir nesta minha nova postura, todos se adaptaram ao facto de eu dedicar horas na cozinha, a fazer “comidas esquisitas” – como diz o meu pai, quando na verdade, aquilo que faço nada mais são do que variações de vegetais, com carne, peixe e afins -, e a fazê-lo todos os dias. Na verdade, eu tinha era medo de não me habituar a isto, ao ato de cozinhar para mim todos os dias, chegando ao ponto de desistência sem volta. O que se anda a suceder tem-me ensinado que a única coisa que estava em falta era o equilíbrio entre a minha mente e o meu corpo, daí que das outras vezes, por muita força de vontade, as coisas nunca avançavam.
Existe muita informação que eu quero partilhar convosco, mais que não seja para ajudar alguém que passe pelo mesmo que eu, contudo, hoje só aqui venho para partilhar uma das muitas receitas que tenho vindo a experimentar, a de hoje mais recente que as outras. É um prato simples, limpo, funcional, e que renderá bastante, caso a repitam com a receita original. O que me preocupou foi a incerteza acerca do sabor e consistência com que isto ficasse, no entanto, estes ingredientes resultaram tão bem, que estou a considerar repeti-la muitas vezes!
Ficarei a aguardar por um feedback! Espero que tenham gostado!
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