RETROSPETIVA \ INSTAUARY

Não só de coisas boas são feitas o início de um ano. Eu tinha muitas expectativas para o decorrer do mês de janeiro, tal e qual como afirmei neste texto, o que acabou por me ensinar da pior maneira que talvez eu devesse tentar ser um pouco mais espontânea. De modo a esquivar-me dos obstáculos que a vida insistiu em arremessar contra os meus dias, refugiei-me em algumas atividades que, de certa forma, mesmo sendo as coisas mais simples, me proporcionaram segundos de alegria. E uma delas, como já deu para concluir, foi fotografar os outros momentos, que aliados à congelação instantânea, formam o par perfeito. Tenho vindo a reparar que as minhas capturas favoritas circulam entre as paisagens, a comida e os livros. Digamos que este trio preenche cada célula do meu corpo com uma satisfação inexplicável. Não posso descurar dos momentos que partilho com aqueles que amo, pois sem isso, nenhuma percentagem do meu stress baixaria de grau. Gosto dos sorrisos, dos abraços, das selfies com caretas… E quando temos as pessoas certas ao nosso lado, tudo o resto não importa. Há que saber agradecer pelo apoio que nos dão, pela comida que confeccionamos, pelas palavras que nos permitem viajar. Há que apreciar o nascer do sol, a revolta da natureza, a forma como um bando de aves se organiza pelos céus. Mesmo que não nos apercebamos, é muito importante dispormos de um tempo nosso, à beira do rio, sozinhos, enquanto meditamos acerca de tudo e mais um pouco… Se quisermos fazer arte, nada nos será retirado se amarrarmos num marcador ou num pincel e traduzirmos as nossas ideias em linhas, formas, manchas. Se algo tem de ser feito, que seja com paixão. E se existirem erros que nos ensinem a ser melhores, temos de abraçá-los e aprender com eles.