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Título original: La Petit Prince Autor: Antoine De Saint-Exupéry Tradução: Bertrand Editora, Lda Páginas: 144 (versão livro de bolso) ISBN: 9-789-722-529-570 |
“O principezinho” é mais do que um livro que nos fala de um pequeno príncipe. Este é daqueles livros que trás à superfície a maneira de pensar de um adulto quando admite que já foi uma criança. Que nos faz ver que o amor que sentimos pelas mais pequenas coisas podem mudar a nossa maneira de agir e pensar. Esta é uma história de descobertas e ensinamentos.
Admito que nunca antes tinha lido este livro, até ao ano passado. Depois de uma grande amiga ter feito a referência, achei que talvez pudesse valer a pena pegá-lo e experimentar esta pequena viagem. E só tenho a dizer que embora tenha cerca de cem páginas, nunca me tinha sentido tão inspirada. O autor, Antoine, tem uma maneira tão simples de escrever que não há desculpa para pegar neste livro. Cada palavra arrecada um peso diferente, cada frase proferida pelo Principezinho demonstra que também as crianças têm a sensibilidade de fazer julgamentos e apontar para as escolhas certas que deveríamos tomar na vida.
Devido ao amor que o Principezinho nutria por uma bonita rosa, o mesmo sentiu-se na necessidade de explorar o meio que o rodeava, abandonando o seu pequeno planeta, perscrutando pelos outros. Em cada planeta, ele depara-se com várias personagens que espelham os vários tipos de personalidade que nos caracterizam. Esta viagem, embora tenha durado “pouco”, foi o suficiente para nos “atirar” à cara que poucos são aqueles que sabem dar o devido valor às coisas que têm, deixando-se preencher por coisas superficiais e que não nos fazem falta. A relação que se estabelece entre o narrador e o Principezinho é de cortar a respiração, pois é uma relação que vai crescendo de forma gradual e que nos mostra que mesmo nos momentos mais complicados da nossa vida, existe sempre um espacinho para as pessoas que nos podem levar até ao caminho certo.
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A prova de que este livro tem passagens magníficas |
Aquilo que o Principezinho foi aprendendo ao longo da viagem, também eu o fui aprendendo. Inocente, ingénuo, inteligente. O Principezinho é uma personagem com a qual temos muito que aprender pelos seus pedidos, a sua maneira de encarar o mundo e por não aceitar que os outros o rebaixem ou enganem. Uma coisa que eu adorei neste livro foi o facto de existirem ilustrações a aguarela, criadas pelo próprio autor que, penso eu, não tinha um curso relacionado com as artes (e ele mesmo explica nas primeiras páginas o porquê disso não ter acontecido). Mas isso não o impediu de tentar e conseguir obter uma qualidade característica. As linhas são bastante expressivas, as cores são bem aplicadas e apesar de se parecer com um livro apenas para crianças, a temática central vai ao encontro do entendimento de todos. E por isso mesmo é que tenciono reler este livro num futuro próximo…
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Uma das minhas ilustrações favoritas “Os embondeiros”, pág. 33 |
E vocês, já leram este livro? Ou têm intenções de o fazer?
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