As últimas semanas de 2023 têm tido imensas dimensões. Outubro foi um misto de dias rápidos com outros mais lentos que custaram a passar. Ainda que a ansiedade física tenha amenizado, remoí imensos temas, chorei bastante, estraguei objetos importantes. Por outro lado, também foi um mês de novas conquistas, mudanças, ainda mais pintura e início dos trabalhos para a faculdade.
Consegui escapar de muitos banhos de chuva, vi-me aflita para colocar assuntos de adulta em dia, mesmo que no final me tenham ajudado a acreditar ainda mais na força do divino. Como consequência, outubro caracterizou -se pelas pazes que comecei a fazer com deus, aquele que habita em cada um de nós como extensão desta força cósmica que nos rodeia.
Não sou de todo religiosa…
… Aliás, tenho as minhas críticas a fazer aos métodos que praticamente todas as religiões criaram para manterem em cativeiro os seres humanos. Assim, sou mais de filosofias, de mitologia, da fusão entre a ciência e o holístico, espiritual. Neste mês, aprendi a largar o que não consigo controlar com os desafios que, por muito tempo, foram um nó na minha garganta. Aos poucos, as coisas vão ficando melhores. É só ter um pouco de fé em mim e na magia da vida.
De igual modo…
- cumpri com 72% dos meus objetivos de outubro (a calculadora é que disse heheh);
- finalmente, lancei o EP3 da rubrica do sexo na companhia do Jota. Falámos sobre homossexualidade;
- ajudei numa festa de Halloween para crianças, uma experiência fora do meu radar mas que me fortaleceu imenso o espírito juvenil;
- participei das gravações para o vídeo de lançamento da coleção Soulful Cycles, um projeto da Mariana;
- e mudei-me para o meu novo atelier.
▬ Leitura do mês
Entrei na minha segunda reading slump do ano, depois de ter lido dois livros do Raphael Montes de seguida. Como tenho estado dividida entre leituras para a faculdade e pendências, muitas delas, que vêm desde o verão, não vou destacar nenhum livro em específico para outubro.
▬ Áudio do mês
Acompanho a Ellora há tanto tempo que já nem sei dizer quanto. O que se mantém é a minha admiração pelo seu trabalho e eloquência, cada vez mais segura das opiniões que dá. Recentemente, e para a felicidade das minhas segundas que não são tão dolorosas assim, ela lançou um podcast, o “fiz o que pude”. O seu objetivo é simples, o de nos acalmar a alma ansiosa, além de nos relembrar do quão importante é, também, enaltecermos o mínimo que fazemos neste mundo cada vez mais acelerado, exagerado, exigente.
▬ Artigo mais lido do mês…
No mês passado, tentei contornar as estatísticas…. Mas volta e meia, os resultados têm sido os mesmos há meses consecutivos. O artigo de destaque em outubro foi o produtos de rosto be beauty. Acho que o pingo doce deveria começar a patrocinar-me.
▬ …mas o que mais gostei de escrever foi…
Sussurros do vento foi um aglomerado de palavras que, como sempre, chegaram até mim enquanto esperava pelos transportes para vir para casa. À beira rio, não há poesia à qual não me aconchegue, numa reciprocidade de colo que acredito existir. Adoro esta capacidade de sabermos exatamente a quem é que endereçamos determinados textos, independentemente do tempo que passe. Pode ter sido uma paixão de verão, mas ao menos foi das que me colocou um penso ao peito, encorajando-me a acreditar no amor…