Este foi o Janeiro mais rápido que me lembro de ter vivido. Há quatro anos que representa o mês do luto, embora não o tenha sentido tanto este ano. Chorei, acredito que os demais envolvidos também, mas foi com serenidade e respeito que me lembrei do falecido. Quando partilhei as minhas metas para 2023, não contava em realizar uma breve viagem até Sernancelhe, riscando, assim, o objetivo de conhecer um sítio novo. Apesar da chuva não nos ter permitido deambular pela vila, foi com tranquilidade que inalei a naturalidade de um local pouco poluído, silencioso e de gente simpática. Foi um mês em que:
- corri em busca de fontes de rendimento que vão de acordo com os meus planos de vida;
- iniciei um curso online;
- escrevi e criei imenso;
- fui ao cinema pela primeira vez em anos;
- redescobri os treinos em casa;
- enfrentei dados da minha verdadeira qualidade de sono;
- estive com pessoas importantes;
- cozinhei muitas panquecas;
- terminei o meu processo terapêutico;
- e aproveitei cada momento para apanhar sol.
Não obstante o frio que me trouxe frieiras, noites a tremer dentro de pijamas e lençóis polares, senti-me aconchegada pelas pequenas coisas que me deixam grata. Não digo que esteja fácil lidar com as consequências da inflação, só que saber que posso estar mais tempo com os meus pais, a fazer o que gosto visando um propósito e, ainda assim, ter o básico disponível, não me permite baixar os braços. Janeiro foi, então, o mês em que decidi como quero viver grande parte dos próximos meses (e que manterei em segredo de momento)! Além desta pequena reflexão, trago também alguns pontos que achei relevantes mencionar:
▬ Leitura do mês
“The hate u give”, Angie Thomas. Tenho percebido, ao longo das páginas, as razões que me levaram a procrastinar esta leitura.
▬ Áudio do mês
Cruzei-me com este episódio num daqueles dias em que dormi menos de 4h e estava desesperada por descobrir como melhorar o meu sono. Foi uma das melhores fontes que descobri, além de me ter interessado pelo trabalho dos envolvidos.
▬ Artigo mais lido do mês…
“Auto-retrato do escritor enquanto corredor de fundo“, Haruki Murakami. Por alguma razão, as pessoas têm pesquisado por este assunto, mas fico feliz por saber que veem neste blogue uma fonte confiável!
▬ …mas o que mais gostei de escrever foi…
“Apropriação cultural“. Não só gostei de o escrever como de o gravar! Adorei o quão fluído foi desembrulhar este tema em mim, transmitindo-o o melhor que sei cá para fora. Com certeza abordá-lo-ei mais vezes!
▬ Uma conquista (dentro ou fora das metas’23)
Na verdade, vou mencionar três: ter visitado Sernancelhe, riscando uma das metas de 2023 + ser consistente nos treinos + ter tido mais visitas em comparação com janeiro do ano passado!
▬ 1 fotografia
De todas as capturas das minhas caminhadas, este é capaz de ser o meu registo favorito por simbolizar a importância de rotinas conhecidas, rotas familiares e o conforto que isso me traz sem me prejudicar.
▬ 1 aprendizagem
Por muito que gostemos de alguém, as nossas escolhas devem basear-se no melhor para nós enquanto indivíduos que dão, recebem e contribuem para ambas as experiências humanas. Tanto que, muitas vezes, o maior ato de amor é aceitar que talvez tenhamos de deixar ir para que nada fique destruído.
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