Duvido que exista uma única pessoa que tenha ficado isenta da febre do pão que ocorreu ao longo da primeira quarentena. Eu admito-me super guilty pelo facto de não só ter abusado nas receitas de pão, como também não ter deixado o bicho morrer. Aliás, depois de ter descoberto que sou sensível à farinha de trigo e derivados (imagina o leque de coisas que não posso comer sem ter, de seguida, um acesso de diarreia), tornou-se numa missão a de descobrir a minha receita.
Por conseguinte, experimentei diversas inspiradas na imaginação e nas que encontrei. Quase nenhuma resultou com tanta mestria como a que hoje vos trago. Esta, portanto, é diferente das demais… Não só pelo aspeto, como pelo facto de ter cozido na íntegra, crescido ligeiramente e anunciar futuros pequenos-almoços sorridentes na companhia das minhas omeletes, café e frutas. Descobri esta receita neste site (tal como a deste bolo, no qual fiz algumas alterações e acrescentos), e acho deveras importante frisar isso! Vamos lá?
Ingredientes:
180g de farinha sem glúten (eu usei o que sobrou desta receita)
170g de iogurte de soja
Raspas de limão q.b.
2 colheres de sopa de linhaça triturada
1 colher de sopa de fermento
1/2 colher de chá de sal
3 ovos ao natural
Modo de preparo:
1. Comecei por bater os 3 ovos até criarem espuma. Dizem que isto ajuda no crescimento do pão pela mistura com o ar. De seguida, acrescentei o iogurte;
2. Peneirei as farinhas, o sal e o fermento, misturando tudo com uma espátula. Deixei repousar por 10-15 minutos enquanto untava uma forma e pré-aquecia o forno a 220º (não, não vai queimar o pão!);
3. Após os 15 minutos de repouso que permitiu o humedecimento do pão, cobri-o com sementes de sésamo, levando-o ao forno por 30-40 minutos, o tempo suficiente para o palito sair limpo;
4. Assim que ganhou cor, retirei-o e deixei-o a arrefecer até cortar em finas fatias. Mantenho-o reservado num saco a vácuo no frigorífico!
Não tens bem a noção do entusiasmo que estou a sentir enquanto reescrevo esta receita aqui! Além de ter depositado todo o meu amor, expectante de que desta vez daria certo, sinto-me de igual modo impulsionada para experimentar esta receita com farinha de amêndoa em conjunto com a de lentilha…ou mesmo a de grão, alfarroba, etc.. Existem tantas possibilidades, que creio ser impossível ficar entediada na cozinha. Não, o espaço não o permite nem tão pouco eu!