AMOR FOLHAS SOLTAS DO MEU DIÁRIO MEDITAÇÕES PESSOAL

O medo das palavras e do que possam representar

24 de Abril, 2022

Sinceramente, não sei do que tenho sentido medo ultimamente. Sei, no entanto, que esse mesmo medo me tem impedido de escrever seja o que for, de manchar uma folha branca com uma simples linha. Dou voltas à mente em busca da palavra certa, da tonalidade adequada, do momento perfeito a ser relatado… Contudo, tudo me parece desfasado das minhas reais intenções.

Já não é novidade para esta casa que quanto mais terapia faço, mais distante fico em relação às coisas que costumava dizer, consolidando mais a minha verdadeira essência.

fotografia da minha autoria. não usar sem consentimento prévio

Apesar de ainda estar a meio do processo, a verdade é que já não me identifico com quase nada do que me deixava entusiasmada com a vida. Com efeito, muito do que pregava, no que acreditava, eram apenas meios para calar as minhas verdadeiras vozes… Aquelas que guardam a verdade, que sempre quiserem expressar a dor, as dúvidas, a alienação.

Das palavras, talvez tenha medo de parecer diferente. No sentido de expor a realidade. Sim, é provável que seja isso. Ultimamente tenho estado distante por receio de que se note, oficialmente, o quão diferente estou. Algo que não é necessariamente mau. Afinal, estamos sempre a mudar; o que dói é a resistência perante tais mudanças. Cresci muito apegada a um só tema de conversa.

O meu foco sempre orbitou em torno do romance. Das minhas fantasias, das minhas ilusões. Na verdade, nunca saí cá para fora a cem porcento.

Não sei o que me espera, quem me espera, como serei recebida. É tudo uma incógnita, característica inerente da nossa existência. Um dos meus desejos mais profundos é o de revolucionar os meus porquês. O porquê de eu escrever. A razão de eu pintar. Porque me fascina ler, comunicar, estar com as pessoas. Além disso, quero também expandir os horizontes. Fazer coisas diferentes, preencher a agenda com atividades novas.

Quando é que tudo isto se sucederá?
Poderia ser agora.
Pode, até, já estar a acontecer.
Amanhã, quem sabe…
Só não quero que se torne numa obsessão como tantas outras que me moem a cabeça até então.

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