“INFERNO”, DAN BROWN – DA FICÇÃO À REALIDADE (*)

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Nunca antes tinha lido Dan Brown, não obstante o número de vezes com que me cruzei com ele. Tenha sido em livrarias, em casa de familiares e amigos, ou mesmo nos lugares mais aleatórios… A curiosidade, contudo, sempre adveio do seu reconhecimento e fama, do quão consagrado é o seu nome pelo mundo inteiro. E, como não poderia deixar de ser, pelo género literário que ele adotou para desenvolver, nos últimos anos.

adoro, tal como aos thrillers, romances policiais!

Um poderá envolver mais psicologia, porém, ambos satisfazem a minha alienação do mundo, aguçando a minha perspicácia, pensamento lógico e instinto. Ademais, como enunciei nesta mais recente publicação, considero-os géneros muito desafiantes, quando bem aproveitados! Ora, voltando ao Dan Brown. Tenho um amigo que o adora e que, inclusive, já leu todas as suas obras. A sua preferida é o “INFERNO”, leitura que fiz, consequentemente, com esse meu amigo em mente.

Dono de uma opinião confiável, fiz por constatar essa sua adoração. Sarcástico, irónico, certeiro, são três de muitas expressões que poderiam encaixar com o momento da leitura… Talvez, assustador se adeque na perfeição! Aludindo ao trabalho de Dante Alighieri – um autor que quero muito explorar na sua língua original como parte do meu estudo do italiano -, Dan Brown construiu uma narrativa impossível de nos consagrar sossego!

posso ter levado um mês para o ler, mas “INFERNO” foi intrigante, preocupante e um alerta para a nossa realidade atual!

Com base numa narrativa concisa, um linguajar inteligente e factos históricos de estimular à sua pesquisa e confirmação, aproveitei a oportunidade para colocar o meu conhecimento em dia. Num cenário que deixa a desejar, Robert Langdon acorda desorientado num hospital em plena Florença, diagnosticado com perda de memória. A consequência? Para além de não se recordar das últimas horas da sua vida, é ainda obrigado a integrar num mistério soberbo e que está ligado a símbolos que só ele poderá decifrar, forças governamentais, pessoas desconhecidas e, adivinhem só, o avizinhar de uma peste que poderá causar uma pandemia! Tão 2020, não concordam?

A trama, que decorre num só único dia, seduziu-me a querer explorar outros dos seus livros e que cá tenho em casa, pelo talento que ele parece concentrar em dar vida a personagens caricatas, cujas conexões não são superficiais e que deixam a impressão de já existir para lá da impressão daquelas páginas! Nunca fui dada a romances históricos, mas como dizer não a um autor que extrapola preconceitos literários, que entrega um sentido de pedagogia nas suas obras e nos convence a viajar pelo mundo? Uma estreia certeira e que justifica o fascínio dos seus fãs!

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Já leram este livro? Que outros do autor aconselham? ♥