TBC NOVEMBRO \\ “SIDDHARTHA”, HERMANN HESSE (*)

Uma autêntica viagem ao meu íntimo. Geograficamente, fui encaminhada para a índia do século VI a.C., embora o relato que me foi apresentado não se tenha focado em descrevê-la, mas sim em utilizá-la como pano de fundo de uma jornada espiritual e que levou a que muitos, atualmente, se sintam instigados a seguir os mesmos passos de Siddhartha. Quando o tema do mês de novembro foi partilhado, fiz planos sobre um dos livros que aqui tenho para ler do Murakami, sendo que a maior parte das suas narrativas acontecem no Japão, contudo, após a leitura d’”A insustentável leveza de ser“, quis adentrar numa história mais leve, mais pequena no sentido físico, e eis que este pequeno livro do Hermann Hesse conseguiu corresponder, na perfeição, com os meus pré-requisitos.

Duvido que por aí haja alguém que desconheça Siddhartha, ou, pelo menos, a filosofia que ele fundou e cuja denominação não nos escapa: o budismo. Apesar de o autor não se ter centrado na descrição em relação à criação desta filosofia oriental, fica-nos impossível de não conectar os pontos, conforme a leitura for avançando. É mais do que evidente o progresso desta personagem e as tentativas em se superar, a partir do momento em que algo se lhe palpita no interior, rogando por algo mais do que os ensinamentos que lhe eram incutidos. Siddhartha nasceu e cresceu num berço de ouro, beneficiando dos melhores cuidados e da melhor educação, para que se tornasse dono de si e do pedaço de terra que iria governar, no entanto, isso não lhe chegava…

Não por ser insuficiente, mas antes por não lhe fazer sentido algum e não corresponder com todo o percurso que o aguardava. Siddhartha foi corajoso, enfrentou a família e partiu em busca do inexplicável, de si mesmo, tendo vivido momentos de grande auge, em detrimento de outros menos bons, contudo, todas as situações levaram a que ele ascendesse sobre si mesmo e descobrisse algo mais para além dos significados mundanos, algo mais para além do mundo físico e palpável. Embora concentrado em apenas 142 páginas, este livro representou uma viagem ao meu próprio íntimo, levando-me a questionar com mais clareza a minha jornada, as minhas ações, os meus objetivos…

Este Siddhartha ficcional, com traços daquele que realmente existiu no mesmo plano do que nós, ajudou-me a compreender que, de algum modo, eu estou no caminho certo, a seguir praticamente alguns dos pensamentos que aqui estão impressos, nas últimas páginas: não há palavras para descrever a leveza, a compreensão, a interpretação de cada forma, cada cor, cada existência que me circunda e que me influencia, diariamente, de modo a que eu evolua, a cada dia! Este livro protagonizou um marco central de um ciclo que estou, de momento, a experimentar e eu não poderia ter feito melhor escolha para aprender mais sobre mim e o mundo!

Já leram este livro? O que têm a dizer? ♥

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