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UM CAFÉ À JANELA E DOIS DEDOS DE CONVERSA

4 de Abril, 2019
Não nego; quanto mais me aproximo da vida que levo fora das telas, menos vontade tenho de regressar às redes. Está muito em voga partilharmos cada milímetro de segundo que integre o nosso quotidiano, mas deixo aqui a questão: embora muitos o façam para que os seus os acompanhem e saibam novidades, nunca se sentiram cansados de o fazer? Pela parte que me toca, esse é o meu estado de espírito atual: sinto-me realmente cansada e não é fisicamente… No dia 21 de Março, depositei no meu caderninho aquilo que, a mim, me parecia a crise dos vinte, obviamente, com intenções de passar o texto a limpo e publicar. Mas acontece que, dias depois, tive uma espécie de colapso na minha saúde e a minha tensão arterial não encarava meio de subir e melhorar, o que me tem vindo a obrigar a ter cuidado com o ritmo que imponho à minha vida. em diversos aspetos. 
O que tem uma coisa a ver com a outra? Ora, bolas, praticamente tudo! Deixei-me abrir para muitos pensamentos negativos, para muitos sonhos utópicos, para diversas questões para as quais não existem resposta possível e, numa de experimentar a minha capacidade de resistência, acabei por colapsar: há dias em que acordo a meio da noite a chorar, tamanho o stress; já não sei o que é acordar com vontade de me levantar pela manhã e ir para a faculdade; até há três horas, fazia uma semana que eu não dançava e isso estava a acabar comigo, célula por célula. Felizmente, sinto que algo se está a recompor em mim, pedaço por pedaço.
Basicamente, já não faço uso das minhas redes sociais e, mesmo quando o tento praticar, desisto nos primeiros segundos. Sei lá, sinto-me desenquadrada num mundo que, outrora, me fora capaz de oferecer muito mais do que me interessa, verdadeiramente. Não estou para aqui a descurar detalhes que muitos dos meus amigos decidem partilhar, todavia, existe um leque considerável de tantos outros meios para o fazer, como por exemplo, através de um café ou chá, um copo de vinho, ou simplesmente à beira-rio… Desde que o aprendi, que não quero outra coisa! A bem, ou a mal, todas estas descobertas descontam o melhor de si na escrita. 
Que eu sou um turbilhão, já não me choca, o que ainda me admira, sinceramente, é esta minha necessidade de não me expressar quando me é devido, proporcionando um arrastar de situações que, ao fim de um tempo, já nem solução têm. Enfim, tudo isto, foi um pequeno desabafo. Tenho a cabeça feita num oito, mas como senti vontade de gastar as energias que me restam no teclado, aqui estou, a pautar um regresso… Porque a vida é mesmo assim, cheia de retrocessos e o fascinante é a maneira como nos desenvencilhamos disso! Não prometo a regularidade do costume, mas enquanto estiver ausente, terei o cuidado de preparar imenso conteúdo para o futuro! ♥
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    Andreia Morais
    4 de Abril, 2019 at 21:15

    «Porque a vida é mesmo assim, cheia de retrocessos e o fascinante é a maneira como nos desenvencilhamos disso», subscrevo! A nossa jornada é sempre marcada por avanços e recuos, com muitas reflexões e, até, crises de identidade, porque há aspetos que deixam de nos fazer sentido. Mas, acredito, passo a passo tudo se compõe.
    Força <3

  • Reply
    Joana Sousa
    5 de Abril, 2019 at 8:39

    Ando no mesmo mood, mas por outros motivos: a vida está tão cheia que nem me lembro que isto existe, honestamente. E eu que passava n tempo por cá. São fases. E tu, leva o teu tempo, compõem-te com o que te faz mesmo bem, sem obrigações <3

    Jiji

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