BOX-OFFICE \ “LOVE, SIMON” (2018)

Despojar-me da necessidade de ler os livros antes das adaptações tem-se demonstrado mais benéfico do que julguei! Penso que se tem tornado cada vez mais fácil de decidir se vamos, ou não, dedicar tempo a uma leitura, tendo somente como apoio o cinema. Na verdade, as adaptações mais recentes servem como que um trailer de uma obra literária, mais do que nunca. A exclusão de partes é simples: se nos rendermos ao filme, então facilmente derreteríamos pelo livro. Pelo menos, é o que acontece comigo! “Love, Simon” é uma das histórias que há muito queria explorar, pelo assunto que aborda. Tenho cada vez mais apreço pela naturalidade com que os autores decidem explorar a sexualidade, sendo que a literatura tem um poder abismal em mãos e que faz toda a diferença!
FONTE: POSTER SPY
Não tivesse eu me lançado ao filme e, muito provavelmente, esta necessidade de ler se perderia na imensidão de outras tramas que tenciono explorar. Não posso fazer grandes comparações, mas também não posso ignorar o quão bonito e emotivo foi acompanhar  o Simon, uma das personagens mais carismáticas e simpáticas do mundo YA (Young Adult) e LGBT! Pude facilmente colocar a empatia a funcionar e confesso que chorei imenso por ele, em diversas ocasiões. A sua agonia é muito palpável, em contraste com o seu à vontade, e acredito que no livro isso seja ainda mais evidente.
Com esta história, fui capaz de concordar ainda mais com a falta de necessidade de nos afirmarmos X ou Y: não é do interesse de ninguém, pois, a vida é nossa e não nos deveríamos condicionar a viver só porque a sociedade é disfuncional! Contudo, batermos o pé pela nossa existência leva a que muitos não se sintam sozinhos, gerando então uma onda de positividade, união e capacidade de mudança. Há muita coisa que se poderia debater acerca deste e tantos assuntos ligados aos tabus sociais, mas não deixarei por registar a importância de criarmos, compartilharmos, aceitarmos e lutarmos pelo direito de existir tal como somos, aniquilando com sabedoria e destreza as intolerâncias e o desrespeito que nos circunda…
E é por isso que a arte é tão necessária: pela sua abertura de comunicação e pela facilidade com que nos expressamos e apoiamos nela! Para fechar a publicação, e caso não saibam, “Love, Simon” fala de Simon, um adolescente prestes a terminar o secundário e que, movido pela curiosidade, começa a trocar mails com um colega cujo nome anónimo é Blue, e com o qual se abre acerca da sua sexualidade, até ao dia em que estas mensagens são descobertas e partilhadas pela escola inteira, levando-o ao desespero, não por ter sido descoberto enquanto gay, mas pela possibilidade de perder contacto com Blue. O que acontece pelo meio é deveras fascinante! Vale muito a pena, vejam!
Já viram, ou leram, “Love, Simon”? Quais as impressões com que ficaram? ♥

6 thoughts on “BOX-OFFICE \ “LOVE, SIMON” (2018)”

  1. A arte tem um poder inspirador nestas questões, porque pode mesmo ajudar a alargar horizontes e a quebrar preconceitos. Ainda não tive oportunidade de ler, nem de ver, Love, Simon, mas rendi-me logo à temática, pois acho essencial haver este impacto!

    1. É mesmo belo e tem uma abordagem genial!! É de louvar quando sabem como canalizar mensagens importantes e passá-las sem filtros, sem chatices, sem maldades! É o caso deste filme, que merece todos os mimos do mundo!

  2. Também vi o filme e adorei, o Simon é tão fofo, tão humilde… É impossível não vibrarmos com ele e não "sentir" as suas dores 🙂
    Beijinho

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