A IMPORTÂNCIA DE GUARDARMOS AS METAS PARA NÓS MESMOS

Eu falo muito. Eu falo tanto que, por vezes, após uma saída, cogito se não falei de mais, não dando espaço aos outros. Quando tal acontece, tenho o cuidado de enviar uma mensagem a pedir desculpas, ao qual me respondem de que não houve mal algum, pois, gostam de me ouvir. O que me move a conversar tanto, em compensação pelos dias em que toda eu sou silêncio, é este entusiasmo que me percorre a veia comunicativa que não se cinge, somente, à escrita e de espalhar boas energias . Eu partilho imenso dos meus amores, dos meus dissabores, os meus sonhos e ilusões, tendo vindo a colher a sensação de que quanto mais eu desenvolvo, menos a probabilidade de certos acontecimentos. 
Não digo que as pessoas com quem me abro sejam o problema, mas sempre tomei como verdade o facto de que existem tantas outras que, sem se aperceberem, só nos querem mal, porque ninguém pode ter ou ser melhor do que elas e, consequentemente, e sabe-se lá como, muitos ramos da nossa vida se quebram e não mais se voltam a reconstruir. Eu já partilhei tanto dos meus mais profundos desejos que, finalmente, fui chamada à atenção pelo meu inconsciente e que me sussurra de que eu sou demasiado antecipada, ao ponto de que, desta vez, trabalharei para ser mais contida e selectiva. Daí, não tencionar partilhar as minhas metas de 2019 e tantos outros assuntos que só a mim me pertencem, até que deixe de fazer sentido guardar tudo cá dentro… 
Há uma linha bastante ténue entre o nosso campo magnético e os objetos que nos podem ferir, e a maldade dos outros, muitas das vezes, não consegue ser controlada. Continuo a defender que a vulnerabilidade é uma carta importante, no entanto, deve ser um trunfo a se utilizar com alguma limitação. Se, de facto, existem maus olhares dirigidos a nós, também é certo reconhecer existir o apoio que se pode gerar de qualquer uma das partes que nos circunde. Não obstante, não ouso arriscar. Quero que este ano seja diferente, pois, já comecei de maneira trágica, um abanão tal que reconsiderei a minha vida, como um todo. Almejo ser mais paciente e que cada um de nós comece a valorizar a importância que é reservarmos um pouco de intimidade para nós mesmos, sem que para isso, necessitemos de sacrificar algo de muito valioso. Eu já comecei e não poderia ter feito melhor escolha!

2 thoughts on “A IMPORTÂNCIA DE GUARDARMOS AS METAS PARA NÓS MESMOS”

  1. Há metas que também faço questão de guardar só para mim, muito por aquilo que mencionaste. Pode ser uma espécie de superstição, mas a verdade é que há sempre alguém com energias negativas, por isso, prefiro não arriscar.
    Este ano, por exemplo, partilhei 5 desejos para 2019, mas sei que são aspetos não tão centrais na minha vida. Os objetivos mais importantes permanecem apenas comigo.
    Espero que alcances tudo o que ambiciones.

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