Se eu errar agora, faço por me redimir no instante seguinte. Ou pelo menos, o mais depressa possível! Esta é a minha regra, o meu mantra, quase que um dos meus lemas de vida. Tenho a estúpida tendência de me martirizar por qualquer erro que eu cometa, mesmo quando tenho razões para estar chateada, no entanto, no momento em que tal tortura se torna constante, há que definir paragens e, consequentemente, regras.
Não esperar até ao dia seguinte para melhorar, usando a desculpa de que assim funcionará melhor, tem-se tornado cada vez menos recorrente. Nós estamos prontos assim que agimos e não no prazo em que supostamente nos preparamos para tal. Se eu sei que comi algo que não deveria no lanche da manhã, obrigo-me a levar as restantes refeições para o bom caminho, não obstante o peso na consciência que apenas se dissipa no dia seguinte. Tal como um treino físico seguido regularmente, vai-se tornando cada vez mais fácil não errar, logo, menos regras tenho de seguir.
Se por um lado é bom estabelecer limites, por outro apenas nos deixa mais ansiosos. Contudo, trata-se de um mal necessário e que, inevitavelmente, nos auxilia a crescer e a medir diversas situações. Com o tempo, vamos ganhando consciência dos nossos atos e, sem quaisquer receios, admitimos os erros e nos tornamos melhores. Pese embora o trabalho mental que possa requerer, a verdade é que viver de certas regras nem sempre é mau de todo, por muito tentados que estejamos a quebrá-las!
Publicação inserida no projeto da Carolina Nelas, “1+3”.
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