MOVIE 36 O QUE VI EM FEVEREIRO

Fevereiro foi pobrezinho em termos de cinematografia. Não porque eu não tivesse por onde escolher – no mundo em que habitamos, afirmar tal coisa seria apenas falacioso -, mas sim porque não rolou eu me afogar no sofá e devorar filmes. No lugar destes, coloquei as séries em dia! – (neste caso em específico, a série! Brevemente, falarei dela!). Apesar de tudo, nada me impediu de assistir a dois filmes e dois documentários e que me entreteram imenso! Sei que acabei por não desenvolver uma reflexão para o mês de Janeiro , mas, tendo em conta a extensa opinião acerca de “Call Me By Your Name”, acabei por considerá-lá como uma pequena reflexão. Sem mais conversas, passemos ao saldo de Fevereiro!
“MOTHER” (2017) Comecemos pelo primeiro que vi, ainda no início do mês. Há muito que estava para assistir “Mother”, isto devido às opiniões que já tinha ouvido por aí. A ocasião não poderia ter sido melhor, tendo em conta que éramos um grupo imenso e as ideias poderiam flutuar à vontade, sem corrermos o risco de atravancarmos o cérebro com tamanhas teorias. Confesso que, ao início, eu me senti desorientada, gozada pelos criadores do filme. Contudo, o tempo foi passando, as cenas se começaram a tornar mais explícitas e, como um interruptor que se ligou, a minha mente fez luz! A atmosfera de todo o filme, condicionada a diversos métodos de abordagem, planta em nós um sentimento de ansiedade até ao momento dos créditos. Há pouco diálogo, disso posso vos garantir, mas é essa falta que nos obriga a prestar atenção a tudo o resto. Até certo ponto, “Mother” trata-se de um filme astuto na tarefa de nos tornar claustrofóbicos e confusos. Saímos da sessão com a sensação de que fomos dividos em muitos pedaços, estes atirados em diversos rios, escolhendo à sorte o seu destino. Se, de certa maneira, apreciam estas sensações plantadas pelos filmes, não percam tempo!
“BLACK SWAN” (2010) Sou uma profissional no que toca a acumular títulos e afirmar de que há muito que os estava para ver. Sem me querer justificar muito, foi exatamente nestas condições que assisti a “Black Swan”, um drama bastante alarmante, na medida de nos fazer repensar acerca dos caminhos que tomamos para atingir os nossos fins, e de que forma é que isso nos pode afetar psicologicamente. Trata-se de um filme que fala de Nina que, por influência da mãe e de certa forma motivada pelos seus sonhos, aspira interpretar o grande papel no famoso Lago dos Cisnes, porém, numa versão mais distorcida e negra. A protagonista vê-se embrulhada em situações puxadas e cujo objetivo é a de a tornar mais leve no seu modo de dançar, ao mesmo tempo em que começa a compreender a cabeça de outras personagens igualmente grandes naquele mundo, sem saber ao certo o que é real ou fruto da sua imaginação. Confesso que fui apanhada de surpresa no final e, também por isso, considero que valha a pena o investimento!
“VONTADE DE VENCER (2015) Sendo um dos cantores africanos que há mais tempo sigo, gostei bastante de ficar a par de factos que desconhecia acerca do Anselmo. Um dos aspetos que mais aprecio em documentários de músicos é o quão pessoal a atmosfera se torna pelo facto de a soundtrack ser composta por samples do próprio autor, nivelando a narrativa e até completando-a. “Vontade de Vencer” não chegou a ser tão intimista, ao contrário de outros documentários, no entanto, não deixa de ser admirável o alcance do Anselmo, pelo mundo inteiro, tendo em conta de que ele é negro e a sociedade de hoje em dia, ainda assim, não facilitar em nada. Apesar de tudo, não deixa de ser inspirador saber que, enquanto seres humanos, podemos viver os nossos sonhos, desde que batalhemos por isso! Fica a dica para quem é fã!
“INNSAEI” (2016) Mais uns meses e passarei a acreditar, religiosamente, no facto de os catálogos da Netflix unirem pessoas. De verdade! Muito antes de ler a Inês falar acerca de “InnSaei”, já eu o tinha na lista, convencida pela sinopse. Foi necessária a indireta intervenção dela para que eu me sentisse movida a explorar as mensagens que este documentário nos traz. “InnSaei” coloca em causa a nossa capacidade de nos conectarmos ao mundo, optando menos pelas tecnologias que, por muito vantajosas, nos desviam das nossas prioridades. Elas acabam por enterrar em nós a capacidade de intuição, exploração, motivação para controlarmos as nossas más e boas emoções, tornando-nos em seres mais agressivos e menos sociais. É um documentário que nos ajuda a abrir as portas para um questionamento de carácter mais profundo, sincero e necessário. Não se trata de uma crítica, mas antes de uma chamada amigável de atenção.

E por esses lados, como foi o mês de Fevereiro? Já viram algum destes?

Publicação inserida no projeto #MOVIE36. A criadora, Carolayne Ramos, do blogue “IMPERIUM“. A parceira oficial é a Sofia Costa Lima, do blogue “A Sofia WorldAs participantes: Inês Vivas, “VIVUS ” | Vanessa Moreira, “Make It Flower ” | Joana Almeida, “Twice Joaninha” | Joana Sousa, “Jiji ” | Alice Ramires, “Senta-te e Respira ” | Cherry, “Life of Cherry ” | Sónia Pinto, “By The Library ” | Francisca Gonçalves, “Francisca ” | Inês Pinto, “Wallflower ” | Carina Tomaz, “Discolored Winter ” | Sofia Ferreira, “Por onde anda a Sofia” | Rosana Vieira, “Automatic Destiny ” | Abby, “Simplicity ” | Sofia, “Ensaio Sobre o Desassossego

2 thoughts on “MOVIE 36 O QUE VI EM FEVEREIRO”

  1. Sofia Ferreira

    Os filmes do realizador do Black Swan (e tbm do Mother) acabam sempre de forma inesperada cabendo ao espectador escolher o seu fim. os filmes

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥

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