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"Um chocolate quente, por favor"

14 de Janeiro, 2018
É certo de que não sou muito explícita quando quero determinar de onde é que retiro certas energias para viver ainda mais, ou de que tipo de temas é que trato com mais frequência, mas a verdade é que qualquer pessoa com um pingo de paciência e perspicácia, chega à conclusão de que as pessoas, as minhas pessoas, são a base de tudo isto. Já o disse imensas vezes, mas de cada vez que regresso de um evento nosso, é-me impossível ficar de braços cruzados, à espera que as ideias repousem, dando fulgor a outras. É por causa de cada sorriso, de cada abraço e de cada momento partilhado, que eu finalmente decido sentar-me, deixar a preguiça de lado e produzir alguma coisa…
Disseram-me, ainda hoje, de que nem todos os meus textos serão “hits”, em comparação com aqueles que olho com orgulho. Apesar de concordar com a afirmação, sei que por detrás de cada uma das palavras que empreguei em determinado texto, habita o resultado de uma exposição sentimental a que eu me permiti, na altura. Tenho vindo a reparar no facto de eu raramente me dar a conhecer, a cem porcento, por medo. De verdade. Não sei o que é que me continua a impedir de expôr certos aspetos da minha vida, certos sonhos, certas ansiedades, mas o facto é que eu não o faço tanto quanto gostaria. 
Nunca recebi cobranças, nunca mo exigiram, estou a falar somente de mim e para mim. Reconheço que, bastando um sincero depósito de emoções em todas as publicações que trouxer ao mundo, as pessoas se identificarão e, quiçá, se sentirão melhores com as minhas palavras. Porque, sinceramente, eu não faço ideia de quantas pessoas é que eu já ajudei, simplesmente por partilhar um texto, contudo, desconhendo desse facto, fiquem sabendo que aqui permanecerei, pronta para vos ajudar. Aliás, como sempre tem sido! – espero-. Apesar de todas as inseguranças, jamais deixo de reconhecer o esforço que tem sido combater os meus receios, ao passo em que me deixo levar pelo meu gradual crescimento, enquanto ser humano. 
Existem situações que eu poderia facilmente apontar como os grandes influenciadores do mesmo, mas permitir-me viver junto dos meus e registar cada um desses acontecimentos, é o que me ergue o queixo e me faz sorrir, de cada vez que ouso afirmar que a derrota é irrefutável. Apostar em lanches que me trazem belos chocolates quentes, gargalhadas sonoras e uma sensação alheia ao frio, é tão bom quanto abrir os lençóis, enfiar-me na cama e divagar, de olhos fixos no teto, nas mais diversas ideias.
Hoje, fez frio, soltou-se um certo vento, posicionámo-nos cá fora e lanchámos. Colocámos a conversa em dia, trocámos ideias, li em voz alta, apesar da gripe me ter fechado a garganta, nos momentos em que pretendia entoar qualquer tipo de sentimento. A luz do dia se foi, arrastando-nos para o nosso lar, enquanto nos despedíamos de sorriso no rosto. Considerei não escrever nada, mas é-me impossível ficar de braços cruzados, à espera que as ideias repousem, dando fulgor a outras.
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    Joaninha
    15 de Janeiro, 2018 at 15:21

    Lyne, acho mesmo bonito que faças este tipo de reflexão após estares com as tuas amigas, a sério! Sei que nem sempre expões tanto quanto gostarias, ou nem sempre sentes que estás a dar tudo de ti, porém, é através de reflexões destas que te conhecemos melhor e nos sentimos a tomar café ou chocolate quente na tua presença, espero que saibas isso e que continues a escrever-nos(/-te) desta forma tão bela!

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    IMPERIUM
    31 de Janeiro, 2018 at 17:26

    Joaninha, é sempre assombrosa a sensação de conforto, ao ler as tuas palavras! Muito obrigada pela força! ♥

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥