Quando se risca (mais) um item da wishlist

wishlist

Sempre disse que aqui viria assim que riscasse um dos itens da minha wishlist. Todos são importantes, mas este conseguia ser ainda mais, por aqui ter palpitado há mais tempo. Nunca deixei falhar este desejo perante os meus amigos e a minha família, e acredito que se este dia aconteceu, foi porque no universo já estava tudo traçado para se desenvolver assim. Com os seus altos e baixos e bermas desniveladas, contudo, com um final feliz. Não precisava de ter um nome em específico, bastava apenas que fosse aquele sítio. Ontem, a dezanove de Setembro de dois mil e dezassete, fui submetida ao meu exame de condução. Tendo agora como comparar, posso afirmar com toda a certeza de que estive bem mais nervosa para o exame de código do que para o de condução. Talvez se deva ao facto de ter feito estas últimas aulas de uma assentada, mas tenho a certeza de que ter o instrutor que tive também me ajudou IMENSO. Dirigi-me a ele dizendo que ele fez setenta porcento do trabalho, mas ele garantiu-me de que ambos trabalhámos para que eu passasse no exame. Porque sim, o meu desempenho foi aprovado e já fui tratar das coisas para receber a carta em casa.
Parecendo que sim, mas a verdade é que não sei bem como converter o meu entusiasmo neste texto. Se quis que o meu primeiro destino fosse a praia, como meio de celebração, foi pela conexão que eu estabeleço com este local. Não sei discernir o que é que me encanta neste elemento da natureza, mas no momento em que a planta do meu pé beija a areia da praia, é como se dali eu retirasse alguma energia daquele ambiente, expulsando todas as más energias que me sobrecarregaram até então… E se com a areia é este o processo, chegando ao mar, é como se eu me metamorfoseasse num outro alguém, como se eu ganhasse as forças de que precisava para elevar a outra Carolayne do abismo, e a salvasse de cair pelo buraco a dentro… Após horas a conduzir sem pedais extra e sem o instrutor oficial – porque existem vantagens em termos amigos que já conduzem há algum tempo, visto que depois são eles que nos dão as dicas “aldrabadas” -, permitir que os meus pés se conectassem com aquela água salgada, o inchaço da correria a abandonar-me, na posição da montanha, de olhos fechados e os ouvidos atentos aos sussurros das ondas, foi magistral! 
Ali, eu agradeci pelo facto de ter consigo fazer tudo à primeira; ali, eu agradeci pelo apoio dos meus em relação ao meu desenvolvimento e às minhas dúvidas; ali, eu me apercebi da dimensão das responsabilidades e da coragem ao atirar-me de cabeça a esta aventura; ali, eu só não chorei de alegria porque não achei necessário. O que viria em formato de lágrimas transfigurou-se para algo mais: os gritos de entusiasmo, as danças da alegria, as boas energias que me enviaram e aos abraços que me ampararam.

E sim, carago, temos condutora!

3 thoughts on “Quando se risca (mais) um item da <i>wishlist</i>…”

  1. Muitos, muitos, muuuuitos parabéns, Lyne! Para mim conduzir é das melhores coisas, das que mais gosto de fazer, e dá-nos uma liberdade brutal, portanto será fácil de adivinhar como fico feliz por ti! 😀

    Jiji

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥

Scroll to Top