Pela primeira vez desde que o projeto começou, terminei uma releitura antes do mês acabar. Sei que muito em parte, isto se deve ao facto de estar de férias, contudo, a razão pela qual mergulhei de cabeça, corpo e alma a este livro tem ligação com o seu próprio escritor: José Saramago. Digam o que disserem, criem as confusões que acharem necessárias, mas nada me demove de acreditar que as histórias que este homem deixou na terra são de uma credibilidade imensa para o nosso espírito.
São as palavras ricas, as expressões vincadas, a dedicação impressa em cada linha que nos envolve na narratva, que nos abala a mente, que nos torna em pessoas felizes e ainda mais inteligentes. Façam os prantos que desejarem, mas Saramago é the best. Podem existir melhores escritores do que ele, talvez com a mesma qualidade, mas cada indivíduo é um indivíduo e a maneira como se nos servem vai depender daquilo que nos consideramos ser de verdade.
Estava mais do que ansiosa para reler este livro e atender a detalhes que sei deixar ficar no passado, arrecadando ainda mais lições que sempre acreditei serem possíveis de adicionar aos meus saberes. as intermitências da morte é uma obra que visa a mostrar-nos as diversas reações que o ser humano concebe, de modo a determinarem os caminhos a tomar, segundo inúmeras situações. É uma valente crítica idealizada de maneira a nos presentar com uma alternativa à realidade já existente, um desabafo em relação às atitudes que mascaram uma intenção gananciosa, mas que são justificadas como algo de muito bom.
Este livro é também uma amostra de como as relações às quais damos oportunidades nos podem modificar, permitindo-nos sentir coisas que nunca demos a oportunidade de existir, provando-nos que independentemente da pessoa que sejamos, as nossas convicções poderão ser aligeiradas para algo de muito mais valor. Se aconselho? Sem dúvida!
“E não nos admiremos se, no preciso instante em que estivéssemos a ler o nosso cadastro particular, nos aparecesse instantaneamente registado o choque da angústia que de súbito nos petrificou. A morte conhece tudo a nosso respeito, e talvez por isso seja triste. Se é certo que não sorri, é só porque lhe faltam os lábios, e esta lição anatómica nos diz que, ao contrário do que os vivos julgam, o sorriso não é uma questão de dentes.”
Já leram este livro? O que acharam?
Esta publicação insere-se no projeto do Re-Reading Season Project, em parceria com a Sofia. Para saberes o que ela anda a reler, clica no seu nome.
INFO. adicional: 1ª review do livro
7 Comments
Tulipa Negra
16 de Julho, 2017 at 23:11É um livro que quero muito ler.
Cherry
18 de Julho, 2017 at 14:21Ainda não li esse livro, mas está na minha lista ?.
Daniela
1 de Agosto, 2017 at 21:42Eu adoro Saramago. Nem sempre é fácil de ler mas é maravilhoso e este livro vai já para a minha lista.:pAnother Lovely Blog!, http://letrad.blogspot.pt/
Carolayne R.
4 de Agosto, 2017 at 14:53Não deixes mais passar o tempo! É um livro que te enriquecerá bastante!
Carolayne R.
4 de Agosto, 2017 at 14:54Vale muito a pena! Aconselho a leres o quanto antes! ?
Carolayne R.
4 de Agosto, 2017 at 14:54Também eu. É um dos meus escritores favoritos! ?Boa leitura!
LIVROS FAVORITOS DE CADA GÉNERO (*) | imperium blog
30 de Julho, 2020 at 20:37[…] me vou alongar muito! “AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE” (1), de José Saramago, tal como o “APARIÇÃO” (2), de Vergílio Ferreira, são […]