Q&A: A Lyne responde

a Andreia Capelo pergunta \ 
Se pudesses ler um único livro para o resto da vida, qual lerias?
Sinto que esta pergunta tem alguma rasteira porque para mim, neste momento, parece impossível definir qual o livro que eu leria para o resto da vida. Contudo, as coisas só são impossíveis até as tentarmos, e neste caso, tenho de responder pelo “As intermitências da morte”, de José Saramago. Pode apenas ser o segundo livro da sua autoria que já tenha lido, mas isso não implica que ele deixe de ser extraordinário, anulando a existência dos outros. Sinto que de todos, este seria aquele que me ensinaria sempre qualquer detalhe novo a cada leitura.

a Leonor pergunta \
Qual o teu sonho mais utópico?
Que as guerras cessassem de uma só vez e que aqueles que as provocam se apercebessem de que a vida não se resume apenas a dinheiro, poder e estatuto… Que graças a essas mesmas guerras, muito do valor cultural destruído jamais poderá encontrar um semelhante no futuro, pois as pessoas que reerguerem as cidades serão completamente diferentes e estarão destruídas por dentro. E não há nada mais triste do que presenciar populações que se vêem hoje sem algo a que se agarrarem, apenas porque alguém achou por bem tirar-lhes esse tapete de apoio.

Chá de eleição?
O verde, sem dúvidas! Também gosto de chá preto, talvez por partilhar da mesma planta do verde, mas chá verde será sempre o meu chá!

Qual é o livro que podias ler mil vezes que nunca te irias fartar?
Aqui respondo o mesmo que respondi à Andreia, “As intermitências da morte”, de Saramago! E se não percebem esta minha insistência, recomendo-vos a leitura!
a Ju pergunta \
Viagem de sonho?
Passar pela Grécia durante o verão e sentir o tempero do mediterrâneo pelo corpo, para depois deambular pelos templos e afins do mundo grego. E depois dar um salto pela Ásia e visitar o Japão. Há muito que eu gostaria de viajar para o Japão devido ao facto de sempre ter conhecido pessoas que gostam e percebem do mundo dos animes e mangas. Graças a elas, eu mesma acabei por me apegar a essa arte, tanto que sempre me babei com A viagem de Chihiro e O castelo andante. Tenho vindo também a desenvolver uma certa curiosidade em ter à minha frente uma sakura, árvore japonesa, assim como toda a arquitetura predominante existente. Talvez um dia consiga realizar este sonho!

Via Tumblr
Preferes trabalhar sozinha ou em grupo?
Depende das pessoas que tiver no grupo, mas se dependesse de mim, a maior parte dos trabalhos faria sozinha por uma questão de agilidade. Quando são trabalhos de grupo, a não ser que estejamos com as pessoas certas, há sempre alguém que não faz nada, para não falar de que se quisermos ter um bom trabalho, depois temos de estar constantemente a chatear os demais e fazer papel de pais. Mas tirando isso, claro que existem coisas positivas de se trabalhar em grupo: temos com quem partilhar a frustração acerca do trabalho; na hora das apresentações, o nervosismo acaba por ser pouco pois não estamos sozinhos; e porque duas ou mais cabeças pensam e trabalham melhor do que uma!

Um artista, um livro, uma música, um filme
Pela ordem mencionada: Kendrick Lamar; este eu aconselharia a todos os que dizem não gostar de ler, mas que gostariam de dar uma oportunidade à atividade: “Harry Potter e a pedra filosofal”; Zombies de Childish Gambino; e The Theory of Everything.
Verão ou inverno? Primavera ou outono?
Verão e verão. Não sou muito fã de meias estações, mas se tivesse meeesmo de escolher entre a primavera e o outono, a estação das folhas secas ganharia. E tudo porque sou alérgica à primavera e não gosto dos bichinhos desta estação.
a Valéria pergunta \
Qual o assunto de que gostas mais de escrever aqui no blog?
Gosto dos meus devaneios, dos livros e dos filmes. Ultimamente também me entusiasmo quando o assunto é comida!

a Joana pergunta \
Qual o brinquedo que gostavas mais em criança?


Para ser sincera, não me recordo de ter um brinquedo favorito. Sei que gostava de todos os que tinha e que quando me fartava, já não os pegava. Tanto que quando tive de me desfazer deles, não me custou assim tanto. Contudo, de uma coisa sei: nunca dispensei os meus ursos de peluche e esses guardo-os até hoje!
Qual o objecto material que não consegues viver sem?
Não queria mencionar os meus óculos graduados por serem bastante óbvios, mas na verdade, o facto é que eu não consigo mesmo viver sem eles! Eles já fazem parte de mim, e sempre que os tiro para tomar banho ou outra coisa qualquer, faz-me imensa confusão! Glasses for the win!

O detalhe numa personalidade a que dás mais valor?
O auto-respeito e o respeito por outrem. Se a pessoa não me respeitar, mesmo dizendo que gosta de mim, dificilmente consigo acreditar nela. Seja respeitando a pessoa que sou, as minha escolhas ou mesmo os meus gostos, se a pessoa falhar redondamente nisto, então não há muito que se possa fazer para se resolver a situação. E o mesmo se aplica ao auto-respeito, faz-me impressão quando as pessoas se deixam abalar pelo mínimo detalhe que os outros apontam, fazendo-se mal a elas mesmas apenas porque ainda não desvendaram o quão importante é mostrarmos aos outros que nada do que eles disserem nos afetará. Parece difícil, mas com a prática chega-se lá!



Cor favorita, mês favorito?

Preto, porque para além de combinar com tudo, deixa as pessoas sempre muito elegantes; e Junho porque é o meu mês e é sinónimo de verão!

a Camila pergunta \
O quê que te inspira?
O mundo em geral e tudo aquilo que ele contém: as pessoas, os animais, a própria natureza. Não tenho um elemento específico que me proporcione inspiração total porque se a pessoa me inspira a ser tão boa quanto ela, como poderia eu aprender a não ser o seu oposto? O mal inspira-me, assim como o bem. Tudo na vida é feito de equilíbrios e é nisso que me baseio para continuar a viver de forma saudável e com qualidade.

Se pudesses voltar a um momento do passado para o reviver qual seria?
Se eu tivesse mesmo a escolha de o fazer, simplesmente não o faria. Acredito que a nossa vida se segue conforme as escolhas que fazemos constantemente, e regressar a um momento específico para o reviver, sem ter a certeza se tudo seria vivido como o foi pela primeira vez, implicaria ter de regressar a um futuro completamente modificado e, quem sabe, pior do que o presente atual. Estou bem aonde estou e não sinto que exista algo que queria refazer ou reviver.

Sempre quiseste seguir o teu curso desde miúda?
Não. Por sempre ter escutado a família, durante algum tempo carreguei em mim a “vontade” de fazer medicina. A verdade é que me descobri não muito virada para a área, desvendando que lá no fundo sempre houve qualquer coisa e que se chamava arquitetura. Tracei o meu caminho e aqui estou a fazer algo que me dá prazer, de que gosto e que me valerá imensos sorrisos no futuro!

6 thoughts on “Q&A: A Lyne responde”

  1. PelucheeeeeeeEeees! Como te compreendo: os únicos brinquedos de que não me consegui mesmo ver livre de…
    Fizeste-me rir com a resposta dos óculos. Muito!
    Não posso deixar de concordar que o auto-respeito é mesmo muito importante… sabes as coisas pelas quais tenho passado e como essa característica e ajudou muito 🙂
    Obrigada por teres respondido às minhas questões com tanto carinho. Adorei as outras! 🙂 Beijão!

  2. Gosto tanto deste tipo de publicações! Permitem-nos sempre conhecer-vos melhor, e isso é tão bom!
    És uma pessoa tão bonita!
    Beijinho*

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥

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