O meu aprendizado em fotografia + DICAS

Fotografia… Um tema que não vos deverá ser muito estranho por aqui, não é verdade? Pois bem, da primeira vez em que vos falei acerca da minha relação com a fotografia, foi mais uma síntese do que qualquer outra coisa. Dei-vos a conhecer a importância dela na minha vida, os métodos que fui adaptando à minha pessoa e algumas dicas de que editar fotografias não é assim tão mau. Tendo em conta que já se passaram seis meses desde o sucedido (alguém que me explique onde raio é que o tempo se enfiou), e também o facto de cada vez mais gostar de fotografar e cuidar de cada fragmento com muito amor e carinho, hoje aqui estou para vos explicar quais as aplicações que utilizo, quais os rituais de edição e tudo o mais que me recordar!

Quem me segue no Instagram, já deve ter reparado que eu me tornei numa grande adepta não só das fotos do momento, como também de partilhar as que já existem há algum tempo na minha galeria. Cada vez mais encaro esta rede social como um arquivo que balanceia o presente  com o passado, e que mesmo que a sua ideia inicial tenha sido a de se partilhar o que se vive na altura, esse conceito tem sido revolucionado por nós, os seus utilizadores. Dou mais atenção a contas que não se cingem a partilhar, somente, o que passa, mas principalmente o que se passou; daí existirem dias em que partilho sempre qualquer coisa, e outros em que não partilho absolutamente nada! Começando pelas aplicações que utilizo para as edições, sou grande adepta de duas: o conhecido VSCOcam para os telemóveis e o Photoscape para o computador. Houve tempos em que me limitava a utilizar os filtros do Instagram, mas com o tempo fui-me apercebendo de que eles eram muito feios e que existiam muitas outras aplicações de edição. Quando descobri o VSCO, desconhecia por completo as suas funcionalidades, mas depois de a explorar, juntamente com as dicas que fui aprendendo nestes anos, deixei-me dos seus filtros e comecei por “fazer” os meus próprios filtros, através das típicas ferramentas de edição.

Cada caso é um caso, e independentemente do resultado obtido quando fotografadas, tendo a utilizar quase sempre as mesmas ferramentas: a Exposição, o Contraste, a Nitidez, a Saturação, os Realces e a Temperatura. A primeira coisa a fazer é saber destacar através do olhar aquilo que interpretarmos de melhor numa fotografia. Sabendo isso, estaremos a meio caminho de obter um ótimo resultado com a edição. Por exemplo, com o interior do Arco da Rua Augusta, quis que ficasse evidente o facto dele ter elementos que, bem trabalhos, ficariam em destaque na foto. Como tal, através da exposição, retirei um pouco da luz natural e compensei com dois valores no contraste. Desta forma, já ficamos com uma ideia de aquele é que era o nosso objetivo. De modo a deixar a foto mais “limpa”, através da nitidez somos capazes de deixar os detalhes contornados e, de certa forma, menos desfocados. Basicamente, carregámos nas linhas dos elementos decorativos, deixando a fotografia mais expressiva aos nossos olhos. Para quem tem Desenho como eu, uma das coisas que mais nos dizem tem mesmo a ver com a importância da linha e a leitura que lhe conferimos posteriormente. Daí eu utilizar na maior parte dos casos, um ou dois valores de nitidez, mas nunca mais do que três, pois isso acabaria por dar a entender pormenores que não nos interessam!

Passando aos realces, quando todos retirados, acabamos por destruir as sombras das sombras, como eu as interpreto. Como tal, tendo a nunca ultrapassar os seis valores de realces, e é como eu digo, depende sempre da fotografia que edito e aquilo que quero dela e que não consegui no momento da captura. A temperatura, como muitos devem imaginar, tem a ver com o facto de querermos uma fotografia fria ou quente. Na maior parte das vezes, opto por colocar as minhas no clube dos frios porque quando quentes, os seus tons transformam-se em algo amarelado e, muito pessoalmente, não gosto nada desse resultado. Existem dias em que também opto por não temperar nada e deixar com as outras edições já feitas. Com tudo pronto, e os valores equilibrados, obtemos uma fotografia que parece nunca ter sido editada, mas que lá no fundo, recebeu o tratamento que merecia!

Passando às dicas, confesso que tenho muitas que aprendi e cujas acho importante partilhar. A primeira delas é a de que escolher o nosso alvo é sempre importante! Não se foquem apenas nas coisas de que gostam; ultrapassem limites, explorem aquilo que vos rodeia e façam com que isso se adapte a vocês, e nunca o contrário!! Segundo, quando a fotografar, tenham o cuidado de obter um já ótimo resultado, para que na hora da edição, não sucumbam em exageros. Falo por experiência que quando temos o cuidado de conseguir um local com boa luz, um contraste prévio e uma boa posição da câmara, estaremos mais aptos para chegar ao VSCO ou ao que quer que seja e apontar logo para aquilo que nos falhou. Ao fim de um tempo, estaremos já programados para detetar as falhas e corrigi-las com prontidão!

Quando estiverem a editar, por favor, pelo amor de Deus e da Santa, evitem utilizar os filtros dados com as edições completas!! O que quero dizer é, se não se sentirem à vontade como eu para criarem os próprios filtros, ao utilizarem os já dados, tentem retirar e acrescentar coisas que, a vosso ver, deixará a foto mais bonita. Por vezes esses filtros acabam por destruir a estética da vossa página no Instagram, Tumblr, etc., quando aquilo que vocês desejavam era coerência, e tudo porque existem detalhes numa fotografia que, com aquele filtro, fica completamente diferente de uma outra com esse mesmo filtro. Mais simples de perceber, é-vos mais fácil servir um prato com a comida que vos interessa ou optar por um menu que não se adeqúe à vossa barriguinha? Equilíbrio é a palavra mestre!

Uma outra coisa que aprendi é que a simetria não existe, apenas, quando queremos uma fotografia centrada. Traduzindo, querer que uma fotografia seja simétrica, mas sem nunca perder o foco no elemento principal, passa também por sabermos conjugar os componentes naquele campo de visão. Seja distribuindo de igual maneira esses elementos pelo cenário, ou através dos seus volumes; quando sabemos preparar os cenários, tudo o resto se torna mais simples! Última e não menos importante, pratiquem muito! Seja a fotografar, a editar ou a partilhar momentos. Pratiquem, pesquisem, arrisquem, aprendam com os erros e deixem-se evoluir sem medos. A fotografia é das coisas mais bonitas deste mundo, e quando somos capazes de criar as nossas próprias, um orgulho enorme do nosso trabalho preenche-nos por completo, e é tão bom!! Para além daquilo que vos trouxe, se tiverem mais dicas, sugestões ou algo mais que queiram partilhar, não hesitem em comentar! Que sejamos todos tão bons fotógrafos!

4 thoughts on “O meu aprendizado em fotografia + DICAS”

  1. Que bela publicação Lyne, mesmo muito bem feita, adorei.
    Embora o meu instagram pessoal não tenha um tema em específico, adoro seguir contar com diferentes temas e cores harmoniosas. Adorei mesmo a forma como exploraste cada detalhe da fotografia.

  2. Não costumo perder muito tempo a editar fotografias, sinceramente! Mas, quando o faço, também uso o VSCO e no pc opto pelo Photoshop. Os retoques que costumo dar são normalmente ao nível de contraste e exposição. De vez em quando uso um ou outro filtro do Instagram (e normalmente regulo a "intensidade" do filtro, mas gosto tanto das fotografias sem edição e filtros que acabo por publicar muitas fotografias exactamente como ficam, principalmente fotografias de pôr-do-sol e afins 🙂

    A Sofia World

  3. A fotografia é um mundo à parte. Há quem ache que basta ter uma máquina e registar, não condeno, por vezes arranjam-se fotos muito giras assim. Há quem perca horas a editar fotos (eu!) e depois há quem perca algum tempo a estudar o enquadramento, a luz, as cores, muito antes de dar o "shot". Dizem que é fácil fotografar, realmente têm razão, mas as melhores fotos são feitas com o coração e não com a máquina 😀
    Boas dicas e continua, os arquitectos têm as melhores fotos *cof* 😀
    http://www.letsdonothingtoday.com

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