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Muito mais do que 17

7 de Maio, 2016
Volta e meia, eu estou sempre a cogitar no mesmo lugar, acerca das mesmíssimas coisas. Os anos habituaram-se a abraçar o modo corrida e basicamente tudo o que fazemos ou se desvanece por detrás das costas, ou marca-nos para o resto da vida. Pensar eu que, num dia como o de hoje, poderia estar a escrever uma reflexão como esta. A verdade é que esta semana provou-me de que, independentemente da idade, género, sexo, nacionalidade, nós é que construímos aquilo que somos. Por muito repetitivo que se possa parecer vindo da minha parte, na minha mente o final será sempre outro. O que me anda a fazer pensar de mais é o facto de que, daqui a um mês e três dias, eu chego aos 18, e para mim, isso é inacreditável. Não por que são os dezooooooooooooito, mas por serem OS dezoito. Toda a minha vida, cresci com a ideia de que “dezoito” era sinónimo de independência, mas neste meu último mês enquanto menor, apercebi-me de que eu não necessito de atingir a maioridade para ser independente… A nossa independência já nos acompanha desde as primeiras coisas que fazemos pela primeira vez… A primeira vez que fomos para a escola sozinhos; a primeira vez que gastámos o dinheiro da nossa mesada, com uma coisa do nosso agrado; a primeira vez em que dissemos não! a uma situação que requeria essa nossa atitude… Para além disto, a independência é também tudo aquilo que foi conquistado há muitos anos pelas outras gerações, e que muitos insistem em despejar pela sarjeta, como se nada fosse, e que nos permite viver na sociedade em que vivemos. Fazer dezoito anos pode sim trazer-nos muitas coisas, mas não passa de um número como os outros… A única diferença é que, por lei, passamos a ser considerados adultos, assim como podemos ser acusados de pedofilia se nos metermos com alguém de dezassete. Sim, isto é verdade!
O que quero dizer com isto é que, mesmo com dezassete anos, eu já construí muita coisa para a minha vida, para o meu império. É nos dada como referência o início de um império a partir do momento em que tiramos um certo curso, começamos a trabalhar e enriquecemos, mas não é assim que eu vejo as coisas. O centro do nosso império somos nós. É a partir da nossa pessoa que as coisas surgem e acabam por se tornar “inéditas”. E este inéditas vem abrigada de aspas por um motivo muito simples, e que não é desconhecido por ninguém: a criatividade e originalidade que, para muitos, já lá se foi e não tem mais nada a dar. E sabem porquê? Porque há quem perca a fé, e se esqueça de que se ela é diferente enquanto indivíduo dos demais, isso apenas quererá dizer que tudo o que ela fizer será, de igual forma, diferente… Basta as pessoas quererem que isso aconteça, pois não há mal que venha ao mundo por nos inspirarmos nos outros, por pesquisarmos e querermos aprender mais!



Eu mudei, sim, não posso carregar com tanta negatividade em cima, mas eu não encaro as mudanças de pensamento e espírito como algo ultrajoso. Se ponderarem por uns segundos, hão de concluir de que hoje a vossa maneira de pensar não é a mesma que a de ontem, e isso é normal. Isso faz parte do crescimento, e é exatamente isso que muitos de nós não conseguem alcançar de tanto pedalarem contra a corrente. Chegando aos dezoito, nada em nós se teletransportará para as ilhas de Bora-Bora, para as Caraíbas, para uma outra vida… Chegando aos dezoito, nós apenas continuaremos com as mesmas rotinas, a viver das mesmas transições, a aprender como sempre o fizemos. O que mudará, suponho, será a nossa forma de encarar as coisas, tendo anexados na mente, o facto das responsabilidades serem outras e as oportunidades também! Se bem que tanto as oportunidades como as vontades podem, similarmente, serem criados por nós, mas isso já é um outro tema de conversa!
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    Miguel Gouveia
    8 de Maio, 2016 at 7:27

    Ohn querida :') OBRIGADO. Fiquei de coração cheio e, para te ser sincero, com uma lágrima no canto do olho. É incrível como alguém te pode dar tanto alento através de um comentário :')
    Digo exatamente o mesmo sobre ti e sobre o teu blog. Já aqui aprendi muita coisa e, acima de tudo, a ver a vida tendo em conta perspetivas diferentes. Tens uma forma de escrever muito matura o que também me ajuda no auto-conhecimento. Como vês, é só razões para continuar a vir aqui!

    Acho que todas as mudanças são boas. Aliás, só mudamos quando a vida acha que estamos suficiente maturos e aptos para tal. Deves encarar isso com ligeireza q com força suficiente para quem te quiser acompanhar!

    NEW TIPS POST | Last Trends For Middle Season.
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    Noelle Simpson
    10 de Maio, 2016 at 22:30

    de facto, concordo bastante contigo. é giro ver como as pessoas acham que só porque vão fazer 18 anos a sua vida irá mudar drasticamente. a verdade é que, enquanto forem economicamente dependentes de outras pessoas, nunca serão adultos. aliás, numa das minhas aulas de psicologia no semestre passado disseram-nos que só se consideram adultas as pessoas que consigam sobreviver por si mesmas, sem ajudas de qualquer forma.
    um dia não irá mudar nada, o que muda são os outros milhares de dias que devemos usar para construir essa independência.
    beijinhos, Noelle 🙂 http://supergirlinconverse.blogspot.pt/

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