Começo a chegar à conclusão de que, na verdade, sou uma cozinheira que descobre formas rápidas e desesperadas de se fazer algo muito bom quando me deparo com falta de ingredientes a meio do processo de confeção. Por detrás de todas as coisas que eu faço, existem sempre histórias hilariantes que me empurraram para o dito cujo destino daquele momento, mas no que toca a cozinhar, eu sou uma personagem em pessoa.
Estava eu no meu dia de felicidade extrema, daqueles que me sussurram no ouvido para fazer um bolo para levar para a escola e distribuir pela turma quando, no meio de mil e um ingredientes envolvidos num recipiente, apercebi-me de que o leite nem chegava a 1/4 da caneca, o insuficiente para aquela receita. Olhei para todos os lados um tanto desesperada, na esperança de assistir a uma chuva de vacas dispostas a fornecerem-me leite, quando lembrei-me de que o meu pai tinha numa cafeteira algum do café do dia anterior. Eu, Carolayne Maria das invenções do ano, arrisquei em colocar a quantidade suficiente de café na mistura, até a mesma ficar do meu agrado. Lá untei as formas, coloquei a massa e esperei que o resultado fosse alguma coisa de jeito. A verdade é que quando eu fujo em demasia da receita que me é habitual, o resultado nem sempre é do melhor, mas como eu sou mágica, dou sempre um jeito. Passado o tempo de cozedura, retirei o bolo da patusca, coloquei-o num prato e separei-o em fatias. Por impressionante que se parecesse, o sabor estava lá, assim como a consistência, embora um pouco excêntrica. Embalei o bolo inteiro e, no dia seguinte, dei a provar aquela nova receita. Resultado: como sempre, e sem querer parecer a Masterchef do ano, tanto os meus colegas como os professores aprovaram aquela mescla de sabores amar-doce (amargo+doce). Como tal, a vontade de partilhar convosco a receita estava mais que elevada porém, decidi aguardar por uma nova oportunidade de repeti-la de uma outra maneira, na esperança de obter um resultado visual mais apelativo.
E aqui estou eu, com a receita melhorada de bolo de chocolate com café, decidida a revolucionar o vosso paladar. Com efeito, passo a citar os ingredientes necessários para o Chocolafé da Lyne:
– 4 ovos;
– 2 chávenas de açúcar (ou apenas 1, dependendo da vossa tolerância para com o doce);
– 3 colheres de sopa de manteiga;
– 1 chávena de leite;
– 2 chávenas de farinha com fermento;
– 1/2 chávena de chocolate em pó e 1/2 chávena de café em pó;
– Fermento;
– Raspa de limão ou laranja.
Modo de preparação:
1. Comecem por pré aquecer o forno e arranjem dois recipientes, onde num deles separarão as claras das gemas, colocando estas últimas no recipiente vazio. Batam as claras em castelo e deixem à parte.
2. Entretanto, no recipiente das gemas, adicionem o açúcar e as três colheres de manteiga. Eu tenho por hábito derretê-las por uns segundos no microondas para que me seja mais fácil envolver os ingredientes. Batam até que os sólidos se transformem em líquidos.
3. De seguida, insiram o leite e as raspas de limão. Estas raspas são aqui citadas por terem o poder de cortar o cheiro do ovo, caso não vos agrade. Com uma espátula e de modo a não salpicarem tudo, combinem o ingrediente deste ponto com os que já estão batidos e adicionem, aos poucos, a farinha. Misturem até terem a certeza de que poderão voltar à batedeira. Coloquem uma colher de chá cheia de fermento à mistura.
4. Quando bem fundida, complementem a massa com as claras em castelo, o chocolate e o café em pó e batam até a massa começar a borbulhar. Se tal acontecer, é porque a massa já está bem misturada.
5. Untem uma forma com manteiga e farinha, adicionando-lhe a massa do bolo. Coloquem-na no forno, aguardem até que o tempo de cozedura chegue ao fim e deixem-se deliciar!
4 Comments
Sara com R
14 de Março, 2016 at 23:51Uau, que aspecto!!
Carolayne R.
15 de Março, 2016 at 10:44O bolo agradece!! :3 eheh
Marcela M
15 de Março, 2016 at 9:36Eu comi uma fatia não é verdade?! Ahahahah 🙂
Carolayne R.
15 de Março, 2016 at 10:45É sim senhora! :3