Hy, Hype, Hyped

É completamente impossível estar num dia tão bom e não vir para aqui compartilhar um pouco da minha felicidade. Não vou dizer que comecei a sexta-feira da melhor maneira. O corpo parecia ter sido vítima de uma sessão de porrada, pois estava todo dorido do treino de ontem. Ainda coloquei em questão se iria para as aulas do meu turno normal, ou se ficaria na cama por mais uma horita. Preferi ter mais horas de almoço e arrebitei o traseiro do calor da cama. 
Lá fui eu para a escola ter duas aulinhas, fiz uma visita médica à Nobel e vim para casa. Almocei e ainda tentei assistir a uns quantos capítulos de HTGAWM, mas o tablet não cooperou comigo. Fiquei-me pelos vídeos do youtube. As horas passadas no sofá ofereceram à minha anca já podre de nascença um esitcão, o qual me fez ponderar se deveria ou não ir ao treino. A vida pregou-me um estalo, obrigando-me a deitar-me no chão, alongar, vestir-me e fazer-me à vida de dançarina. Não me recordo de qual é que foi a última vez que eu entrei naquele salão com tanta disposição e energia para dançar. Recebi elogios pelo simples outfit que conjuguei em cinco minutos (o que, na verdade, me esboçou um sorrisão no rosto). Arranquei do corpo o espírito maligno que tem a audácia de me acompanhar e abracei a paixão que nutro pela dança de uma forma acalorada. Aprendi o que me ensinaram, transpirei tanto ou mais que o habitual, fiz as piadas que não podem faltar por parte da minha pessoa (acreditem no que vos digo, eu tenho futuro no stand-up) e regressei para o meu lar com a alma aos saltos. É um facto de que todas nós no grupo temos os nossos problemas, mas quando nos juntamos, parece que eles desaparecem e tudo o resto é só cenário. É um facto de que aquela minha segunda família tem uma grande influência na minha boa disposição.
Há que medir as nossas emoções da maneira mais correta. Não há necessidade de transformarmos a coisa mais simples nos fones que saem dos bolsos (= a situação mais chata de sempre). Se pudermos tirar dois minutos do nosso dia para fitarmos a parede, o rio, uma folha de papel por preencher, é uma das melhores coisas que podemos fazer por nós mesmos. Deixar que o stress e a tristeza façam de nós marionetas nunca dá bons resultados. Por vezes, temos de ser como aquelas folhas que se deixam arrancar pelas mudanças do tempo, balançando ao sabor do vento. Há que descarregar o peso da consciência, pegar nos pedregulhos e atirá-los do abismo antes que eles o façam por nós, a nós. E essa é uma lição que se tem vindo a manifestar na minha cabeça. Somos tão jovens para nos chatearmos, mas ao mesmo tempo a nossa jovialidade pode transformar-se em algo seco, negro, pode pura e simplesmente deixar-se queimar pelos problemas e convertendo-se em cinzas. E quem é que precisa de cinzas na vida quando podemos fitar as chamas e tirar proveito delas?

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