(Anteriormente) Porto em 5 Dias A viagem
Assim que “aterrámos” em Campanhã, o tempo não se mostrava no seu melhor. Chovia e, embora não fizesse frio, alguma infelicidade acabou por se cruzar com o entusiasmo que eu sentia por ter chegado ao Porto. Apesar de tudo, coloquei fé no bom tempo e, com os meus colegas, lá comprámos os bilhetes para o metro. Acabámos por nos perder na estação, mas nada que um bom habitante de lá não tenha resolvido. Fomos conduzidos até à linha pretendida, acabámos por ter de apanhar dois metros em linhas diferentes devido à chuva que, a meu ver, apenas representava as lágrimas de felicidade por lá estarmos (Campanhã – Trindade > Trindade – Aliados). Ao subirmos as escadas que davam acesso à Praça da Liberdade, todo o meu corpo se retesou. O primeiro pensamento que me assombrou foi de que haveriam pegado em mim e atirado para um mundo completamente diferente àquele a que eu estava habituada a viver. A começar pelas tonalidades da cidade em si. Todo aquele uso de cores neutras – os cinzentos, castanhos e um toque aqui e ali de azul, vermelho e verde – deixaram-me de queixo caído. Ao contrário de Lisboa, onde quase tudo está pincelado com muitas cores e a organização dos prédios torna a maior parte das ruas um pouco estreitas, no Porto as ruas são um pouco mais folgadas, de uma higiene nunca antes presenciada, sempre a subir e a maior parte das estradas não se “cruzam”, ou seja, entre cada faixa, existem prédios ou grandes passeios que as dividem, de modo a não existir aquela confusão que todos nós conhecemos. Para além do mais, aquilo são só estradas para tudo quanto é lado. Ao princípio, foi-me bastante complicado distinguir a estrada do passeio, exatamente em consequência das tonalidades acinzentadas que caracterizam a cidade.
Na hora de procurarmos o hostel em que marcámos a nossa presença, todo o caminho percorrido assistiu à nossa especulação pelo facto da rua ser demasiado inclinada, dum comprimento de fazer rir os glúteos ao fim de uns dias. Com as malas a arrastar, às costas e de um peso que só Deus sabe, lá subimos toda aquela Rua da Fábrica, até chegarmos ao Porto Downtown Hostel (na próxima publicação). Sentindo-nos vitoriosos, efetuamos o check-in, demos uma vista de olhos ao local, pousámos as nossas bagagens – qual sensação de alívio nas nossas amadas colunas – e não perdemos mais tempo, começando a nossa estadia com uma pequena exploração pelos arredores. Caminhámos pela Praça Guilherme Gomes Fernandes, entrámos tanto na Igreja das Carmelitas como na Igreja do Carmo, voltámos para trás, passámos pelas praças de Lisboa e da Cordoria e, a mando da fome, acabámos por nos dividir em grupos, indo cada um para onde a barriga mandava.
Antes de sequer chegar a semana da viagem, eu havia dito para mim mesma que jamais colocaria os pés num McDonald’s e que se eu quisesse comer hambúrgueres, que procurasse por uma hamburgueria da zona, mimando o estômago de outra forma. Resultado: foi a mesma coisa que nada! Não resisti ao impulso de pagar “pouco” para matar a fome daquele momento, quebrando a minha própria promessa, porém, não me arrependo de nenhuma dentada dada ao meu amado chicken bacon, acompanhado de batatas e um sundae extra grande de chocolate. Aposto que quase toda a gente já conhece a fachada do McDonald’s do Porto, mesmo que tenha sido através de fotografias. Quando fiquei a “conhecê-la”, deixei-me encantar pelo simples facto de ser diferente de tantas outras que já havia conhecido. Para além do “cartão de visita”, todo o interior deste famoso estabelecimento de fast-food dá a desejar. Com pormenores um tanto inclinados para o vintage, a decoração caminha entre vitrais com figuras humanas a tomarem uma refeição, esculturas nas paredes, candelabros pormenorizados e uma luz ambiente bastante agradável. Quase que nem parece que estamos dentro de um McDonald’s!
A seguir ao lanche, subimos a Rua de Passos Manuel, cortámos por um atalho e fomos dar a uma “réplica” da baixa de Lisboa, na Rua de Santa Catarina (mas cada uma com o seu encanto). Encontrámos umas quantas artes de rua, lojas góticas e dois fóruns, num dos quais tive o prazer de encontrar uma Bertrand e adquirir um livro (eu não tenho emenda!). De regresso ao hostel, cruzámo-nos com o Mercado do Bolhão e, com o passar do tempo, lá subimos toda a Rua da Fábrica novamente. Na hora de jantar, regressámos a um dos fóruns, enquanto colocávamos os olhos nas fachadas do Coliseu, do Teatro Rivoli, entre outras atrações. Terminámos a noite no Miradouro mais perto, fechando-a com um diálogo acerca do pensamento humano, sessões fotográficas e muita risota.
E assim se passou o primeiro dia no Porto…
5 Comments
Leonor
28 de Março, 2016 at 17:56O porto é das minhas cidades preferidas e adorei revê-lo nesta publicação! É uma cidade mágica! 🙂
Black Rose
29 de Março, 2016 at 19:07Adorei as fotos 🙂
Annluck, BlACK ROSE BLOG
C
29 de Março, 2016 at 19:10confesso que não tive muito boas experiências no Porto, no entanto adorei a tua publicação. as fotografias estão muito giras e captam bem a essência da cidade
Madalena Lopes
29 de Março, 2016 at 21:20Adoro o Porto e as fotos que tiraste estão maravilhosas 🙂 Esse McDonalds é fantástico, era um café emblemático da cidade e creio que vai ser restituído novamente à sua forma original e o Mac vai sair daí (o que me agrada um bocadinho porque é um bocado desperdício do edifício :P) E li algures que vão construir um Hard Rock no Porto também! Tudo bons motivos para fazer mais uma visita no futuro 😉
Nádia Sepúlveda
1 de Abril, 2016 at 19:54Estou a morar perto do Porto há 1 ano, e há muita coisa que ainda tenho de descobrir! Fazer-me de turista também, faz falta, por vezes há maravilhas que nos escapam!
E sim, por cá o tempo é sempre peculiar hehehe 😛
beijinhos, Nádia
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