Uma das coisas que me ficou marcada na mente foi o quão engraçado é o facto de todas as personagens desta série terem ar de culpadas. Se repararem bem em fotografias e montagens, não existe ninguém que se pareça inocente. E se acontecer este ser um dos objetivos da série, então aplaudo pelo bom serviço feito. A segunda temporada de HTGWWM continua com a mesma premissa, a de uma professora e advogada que se vê no meio de crimes com os seus escolhidos, e que ao longo de toda a trama pretendem encontrar soluções, utilizando os seus conhecimentos de advocacia para se verem livres de acusações. Em conjunto com o elenco original, são incorporados clientes que, como sempre, afirmam não terem nada que ver com um assassinato posterior.
Muito sinceramente, em nenhum momento tive receio de me desiludir com a sequela desta série. Qualquer coisa em mim sussurrava que isto haveria de ser diferente das demais e que seria quase impossível os produtores enrolarem os pés pelas mãos. Dito e feito. Esta segunda temporada está ainda mais inteligente do que a antecessora, destacando-se precisamente pela evolução do paralelismo temporal, assim como pelo acrescento de certas características nas personagens que secundaram os motivos que as levam a agir de certas maneiras. Foi aprofundar temas, histórias, personagens enquanto seres individuais, assim como relacionamentos que jamais nos passariam pela cabeça. HTGWWM distingue-se pelo conjunto de intérpretes que constituem o núcleo da história, assim como pelo ambiente confeccionado para as fotografias que estão brutais!
A Viola Davis está maravilhosa no seu papel, superando a sua interpretação anterior. A forma como ela veste a pele de Annalise é apaixonante. Mais do que nunca, e somado às recorrências ao passado, conseguimos compreender o desenvolvimento desta pessoa e a origem das suas perturbações. É ela que tenta resguardar a inocência dos seus clientes, mas ao fim e ao cabo, Annalise é a maior vítima no meio de todos eles. Um outro enigma decifrado nesta temporada é o vínculo partilhado entre a advogada e o seu favorito, Wes. Muitos podem desligar-se desta conexão, mas eu acredito que se não fosse por ela, talvez esta produção deixasse de ter o seu encanto. Fica ao vosso critério escolherem qual a melhor essência para definir a existência de tantas questões em suspenso.
Para além de Davis, todos os outros atores evoluíram bastante, acrescentando à trama um outro gosto. Personagens que ficavam à sombra na temporada anterior, neste seguimento apimentarem a ação, destacando-se copiosamente. Se ainda estão para ver esta série, não percam tempo! Deixem-se absorver pelos factos, pela loucura e pela rapidez com que o tempo fluirá sem se aperceberem. Este é daqueles trabalhos que não deveríamos deixar em branco, explorando até os ínfimos detalhes!
2 Comments
Nêsa
28 de Agosto, 2016 at 10:31Acompanho a série desde o primeiro episódio e continuo sempre entusiasmada pelo próximo, tanto que neste momento é provavelmente uma das séries do meu top 3.
Concordo plenamente contigo quando dizes "que se não fosse por ela, talvez esta produção deixasse de ter o seu encanto", acho a sua prestação sempre on point e é uma atriz incrivelmente talentosa.
Carolayne R.
31 de Agosto, 2016 at 1:24Esta série é realmente muito boa!