Contrariamente a Dezembro, em Janeiro vi menos filmes do que pretendia. Porventura, não me importo. Estou mega feliz por não ter sucumbido à total preguiça de não os ver, tendo sempre algo para consumir, acrescentando novos nomes à minha lista, e por aí vai. Após escrever uma pequena reflexão para cada um dos filmes vistos – e que não anularão a existência de uma maior pelo blogue! -, cheguei à conclusão de que Janeiro foi o mês de assistir a filmes de carácter reflexivo, com ensinamentos muito fortes e importantes, pelo que não se admirem pela dimensão desta publicação. De qualquer das formas, tenho a dizer que estou orgulhosa pelos resultados que tenho visto por aí, apesar de não andar a expressar a minha opinião. Pretendo colocar essa tarefa em dia, pelo que vos peço que não se preocupem. Quando menos esperarem, estarei pelos vossos blogues a deixar mil corações na caixa de comentários! ♥
“BURLESQUE” (2010) Eram meia e noite e pouco e eu estava com vontade de ver alguma coisa interessante. Abri a NETFLIX, verifiquei a minha lista de filmes e séries guardadas e, numa de conceder algum energia ao meu espírito, optei por rever “Burlesque”, um musical que assisti há alguns anos. Para ser sincera, só me recordava do facto da Aguilera cantar com toda a sua alma, danças sensuais e romance. Nada mais. Quando coloquei play, logo me deixei entreter com o seu vozeirão, com as performances e com as mensagens de superação.
Apesar de ser um filme como tantos mais, na medida em que nos apresenta uma trama irreal em certos aspetos, a verdade é que mais facilmente nos sentimos contagiados pelas batidas, do que propriamente pela viagem que as personagens fazem até chegarem onde chegaram. Confesso que me diverti imenso a rever certas cenas, dancei deitada, repeti o primeiro acapella da Ali uma dez vezes – e ainda o faço, pelo Youtube. Quando não se tem sono, é assim! -, e senti-me ainda mais encorajada a nunca desistir das minhas aspirações. Afinal, é por estas que filmes assim existem: para nos divertir, porém, sem nunca deixar de lado o impulso de querermos mais e melhor!
“CALL ME BY YOUR NAME” (2018) Sigo uma booktuber, a Adriana d’”A Redatora de Merda “, e por quem tenho muito apreço pela sinceridade com que ela revela as suas opiniões sobre determinado filme, série, livro ou documentário. Na usual onda de atualizações, vi que ela tinha publicado um vídeo a falar acerca de “Call Me By Your Name” e, desde então, que me senti tentada a explorar a adaptação. Após ter lido o “Movie 36” da Inês Vivas , defini que seria daquela vez… Foi preciso eu me encontrar num mau dia, para sentir a necessidade de recorrer a uma produção que me ajudasse a levantar o astral, e eis que tal resultou… Bem mais do que ansiei! Eis um filme que mescla o melhor das sensações de verão, relatando o crescimento de um vínculo entre duas pessoas.
A cada take, eu conseguia sentir os odores das plantas e da terra seca, os sabores das refeições, a frescura da água do rio, das termas, do simples sumo de laranja a escorregar pelo interior da garganta… Até a brisa juro ter sentido à flor da pele! “Call Me By Your Name” é um filme belo, não só pelo tema que trata, mas também pelo ambiente que o vê crescer. A forma como abordaram o amor entre homossexuais, no ano e locais em questão, foi das mais bonitas e sinceras de todos os tempos! Neste filme, as dores, os ciúmes, o desejo, as desilusões, e toda uma panóplia de emoções que nos acompanham na jornada que é nos apaixonarmos são demonstrados com a humanidade que mereciam, de forma crua e sensata. Não houve espaço para futilidades e cenas já muito batidas.
O sexo e a sexualidade foram retratados de maneira tão natural e serena, que eu me fiquei a questionar, muito seriamente, do porquê de não ser sempre assim. Não sei porquê, mas continua a existir quem faça questão de fechar estas temáticas numa película à prova de naturalidade, sem nos darem a oportunidade de sentir as emoções tal como elas merecem! Fiquei a refletir imenso acerca de mim mesma, e essa tarefa foi bastante facilitada graças aos atores que encarnaram tão bem as suas personagens. Parecia que, na realidade, eu estava a olhar para um documentário e não para um filme, baseado num livro. Referindo esse facto, tenho a dizer que estou disposta a quebrar a minha promessa de não comprar livros até esgotar os que tenho em casa, SÓ para reviver todas as sensações que me acompanharam ao longo daquelas duas horas. Tal como diz a Inês, é um filme para todos!
“TO THE BONE” (2017) Graças à Inês, tive conhecimento deste título. Na altura, pretendia vê-lo e extrair a mensagem que ela partilhara connosco, todavia, outros assuntos se meteram no meio e eu vi-me aflita para inserir um filme que, apesar de tratar do que trata, não correspondia com as aprendizagens que tinha em mente. Quando me deparei com a capa do filme na Netflix, não pensei duas vezes e logo o coloquei. Para vos ser muito sincera, eu tinha medo do que poderia vir a encarar, ao longo daqueles minutos, no entanto, à medida em que fui acompanhado a história de Eli e me afeiçoando à sua personagem, confesso que eu só a queria ver bem e curada, não obstante o tempo que levasse para tal acontecer.
“To The Bone” traz-nos a história de uma rapariga que sofre de anorexia nervosa e que, após enfrentar muitos tratamentos, finalmente conhece um profissional que, talvez, a possa ajudar. Entre aceitar a ajuda e reconhecer de que necessita dela, Eli vai conhecendo outras pessoas que se encontram na mesma situação do que a dela, descobrindo uma força que ela jamais carregou no peito, enfrentando situações familiares, pessoais, amorosas e de amizade. Não derramei uma lágrima que seja, mas não fiquei isenta ao impacto que toda esta história nos transmite. Aconselho-vos a darem uma vista de olhos ao filme e a tirarem as vossas próprias conclusões. Vale mesmo a pena!
“FAT, SICK & NEARLY DEAD” (2010) Há muito que conhecia a história de Joe Cross. Para dizer a verdade, acho que até cheguei a ver este documentário, na altura em que saiu, por pura curiosidade. Como deu para concluir, não fui capaz de aprender quase nada da primeira vez, pelo que esta revisão se me pareceu mais preciosa e útil. Acompanhei todo o documentário com o coração nas mãos, visto que se eu não tivesse prestado atitudes ao Universo, muito provavelmente estaria na mesma situação que a do protagonista. Sem brincadeiras. Felizmente, tomando caminhos diferentes, acabámos por descobrir uma melhor versão de nós mesmos, na certeza de que precisávamos de mudanças nos nossos hábitos alimentares e físicos.
Por um lado, aprendi um pouco mais acerca do tipo de efeitos obtidos através do consumo de vegetais, frutas e legumes; por outro, não deixei de me sentir orgulhosa pelo facto de já não estar a caminhar para lá. Tenho muito para trabalhar, no entanto, não faço menções de desistir. Mesmo que não sofram de obesidade, este documentário é importante por nos apresentar outros tipos de complicações médicas que poderão ser combatidas apenas por uma certa troca de alimentos, refeições, atividades físicas, etc., amenizando a exagerada tomada de medicamentos e prolongado a nossa estadia pela Terra. Vale a pena darem uma vista de olhos!
Já viram algum dos mencionados? Como foi o vosso mês de Janeiro, em termos de cinema?
Publicação inserida no projeto #MOVIE36. A criadora, Carolayne Ramos, do blogue “IMPERIUM“. A parceira oficial é a Sofia Costa Lima, do blogue “A Sofia World” As participantes: Inês Vivas, “VIVUS ” | Vanessa Moreira, “Make It Flower ” | Joana Almeida, “Twice Joaninha” | Joana Sousa, “Jiji ” | Alice Ramires, “Senta-te e Respira ” | Cherry, “Life of Cherry ” | Sónia Pinto, “By The Library ” | Francisca Gonçalves, “Francisca ” | Inês Pinto, “Wallflower ” | Carina Tomaz, “Discolored Winter ” | Sofia Ferreira, “Por onde anda a Sofia” | Rosana Vieira, “Automatic Destiny ” | Abby, “Simplicity ” | Sofia, “Ensaio Sobre o Desassossego “
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2 Comments
Sofia Ferreira
6 de Fevereiro, 2018 at 21:55Opá quero tanto ver o Call me by your name e não há nenhuma sala de cinema por aqui perto que exiba esse filme ? Em todas as consultas medicas que eu dou eu insisto sempre para os meus utentes na importância do consumo de frutos e vegetais todos os diase o evitar os processados e açucares refinados. Pode parecer que não, mas nós médicos cada vez mais insistimos na prevenção porque depois das complicações existirem é muito mais dificil combater os problemas
Joana Sousa
27 de Fevereiro, 2018 at 11:06Quero muito ver o Call Me By Your Name – ainda tentei no cinema, mas já não o apanhei. E agora fiquei curiosa com o To The Bone! Gosto muito da maneira como retiras sempre algo do que vês ?