Uma das primeiras coisas que fiz foi ter arrumado o congelador. A mais recente foi tê-lo preenchido novamente, batendo de frente com a conclusão de que talvez eu tenha vegetais em demasia. Se há coisa que a quarentena me tem trazido é um sentido de organização. Na verdade, estou a reconquistá-la, mas por outras frentes. A teoria por detrás dos métodos de organização permanecia onde ela brotava – na cabeça -, e, ultimamente, tenho-me esforçado para contrariar essa maré viciosa e pouco producente. O que parece uma tarefa simples, é-o na realidade e traz os seus benefícios. Falo da conservação dos vegetais e a sua utilização.
Não sou nenhuma expert da nutrição e estou longe de carregar nos ombros a classificação de chef da culinária, portanto, não vim aqui para tecer comentários acerca das vantagens e desvantagens do consumo destas queridas. Apenas venho partilhar ideias que possam ser tão úteis aos demais como têm sido para mim. Tenho uma paciência imperturbável no que toca a dispensar muito do meu tempo a cozinhar. Basta que tenha uma música de fundo, a faca empunhada e o resto acontece. Porém, não fico isenta daqueles dias em que nada apetece, revelando uma preguiça extrema e, por vezes, prejudicial para com o meu estilo alimentar e que se encontra numa bonita fase de reeducação.
Sempre gostei de legumes e vegetais, mas apercebi-me de que não os comia tanto quanto gostaria, então, nesta fase mais reclusa e introspetiva, faço por inclui-los no prato – ou na taça, depende do humor – e refastelo-me. Aprendi que mais barato e simples – contudo, um tanto desafiante para aqueles que correm contra o tempo e carecem de alguma paciência para cortar e cortar e cortar por horas – é comprar vegetais frescos e congelar. Para além de fugirmos aos possíveis químicos de conservação e que são muito bem substituíveis pelo limão, ainda temos a oportunidade de escolher o que é que vai de encontro com os nossos gostos e preferências.
Se, tal como nos meus dias da preguiça, não gostam de perder tempo a cozinhar tudo um por um, sempre podem apostar nos guisados ou caldos de vegetal, cozer uns ovos à parte e adicionar, ou então montar um tabuleiro e levar ao forno. Nos últimos dias, tenho reinventado o modo como encaro os mix de vegetais congelados, dando-lhes um destino mais alegre: a frigideira junto dos ovos mexidos que costumo comer ao desjejum. Sim, leram bem, vegetais como opção de pequeno-almoço! Também podem arriscar e fazer salsichas vegan, hambúrgueres, quiches, bolos e sopinha. Não me vou aprofundar nos outros milhares de opções, visto que também eu quero explorar a vastidão que aí existe e o objetivo era trazer um apanhado de soluções simples, no entanto, no oceano de informação que é o Pinterest, poderão encontrar ene receitas nutritivas e que, com toda a certeza, vos farão as delícias!
Contem-me: de que maneira é que fazem uso dos legumes e vegetais? ♥
6 Comments
Jota
21 de Abril, 2020 at 13:29Uma das coisas que mais odeio é não ter fruta e legumes em casa. Considero-os essenciais e tento sempre que nunca me faltem. Congelo essencialmente a couve e da última vez que fiz compras, trouxe para casa alho francês e cogumelos congelados (bem melhor que os enlatados, que não sou nada – nadaaaa! – fã). Ainda não me arrisquei a congelar muita coisa porque às vezes tenho receio de fazer porcaria (por exemplo, com a couve, convém cozê-la uns 5 minutos, deixar arrefecer e só depois congelar – coisa que aprendi com a minha mãe), mas à medida que vou precisando, vou aprendendo.
Uso legumes essencialmente para a sopa. Tirando a cenoura, o pimento, a cebola e os cogumelos frescos que como quase diariamente com tudo (massa, carne, assados… é uma festa). Adoro!
Carolayne
22 de Abril, 2020 at 9:40Concordo plenamente!! Faz-me espécie ter o frigorífico sem frutas nem legumes, parece que me estou numa espécie de crise ahahahah Ontem, reabasteci-me e estou nas nuvens! A minha mãe já me disse que cozendo primeiro os brócolos, por exemplo, faz com que eles fiquem sempre frescos, mas eu ainda não experimentei! Talvez da próxima o faça, mas com todos os vegetais que decidir congelar; dá imenso jeito para os dias da preguiça…. É só atirar para a água a ferver e está! 😀
Há imenso que não faço sopa passada; ando mais nos caldos – tipo canja! – e guisados! Depois quando me apetece algo diferente ao longo da semana, faço, mas na maior parte do tempo, só passo um dia inteiro na cozinha e nos restantes descanso! 😛
Tim
21 de Abril, 2020 at 16:43Confesso que adoro legumes, preparo tudo e vou usando conforme quero. Ralo cenoura para saladas. Ralo repolho para o wook. Ratatouille à minha moda. Confesso que prefiro um bom salteado a um prato de massa 😉
Carolayne
22 de Abril, 2020 at 9:43Nunca experimentei fazer ratatouille 😮 Vou apontar para não me esquecer! Ohhh, sim, o que um bom salteado não traz à alma *-* Eu tenho daqueles raladores que faz com que a courgette, por exemplo, se pareça com a massa e fica tão bonitinho nos pratos! Dá muito bem para reeducar a mente e a barriguinha eheh
Inês Mota
22 de Abril, 2020 at 10:06Algo que eu adoro comprar são os preparados para sopa (uns pacotes com vários vegetais já cortados, prontos para cozer), só que em vez de usar para a sopa, uso imensas vezes para fazer os meus acompanhamentos das refeições principais. Como já vêm picados, é só cozinhar! E também são uma boa opção para quem está a aprender a gostar de hortícolas (são cortados em pequenas dimensões, mais fáceis de tolerar!). Também gosto de comprar cebola picada congelada. Nada bate uma cebola picada fresca mas há dias em que estou #modopreguiça e só quero fazer o meu refogado rapidamente e sem causar lágrimas x)
Carolayne
22 de Abril, 2020 at 11:01Eu só não invisto em cebola congelada porque é daquelas tarefas que me tira o stress e que é cortar para refogar ahahahah Apesar das lágrimas, mas enfim 😛 Concordo com essa questão da dimensão, faz toda a diferença e, de um modo ou de outro, torna-se mais “apelativo” ao olhar, não sei, parece que a comida ganha outro aspeto! 😀