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BOX-OFFICE \\ THE INVISIBLE MAN (2020)

28 de Março, 2020

Passei a sessão inteira a rir… Mas de nervoso! Assistir filmes destes quando se vive sozinho é desafiante, pois, mesmo que saibamos que se trata de uma ficção, há informações que a nossa cabecinha não processa em condições, deixando-se atrair pelos recantos mais macabros que nela habitam. O nosso maior inimigo é a nossa mente, no entanto, o que é que seria de nós se descobríssemos que o nosso medo é real e nos persegue, para onde quer que vamos? Da única crítica que vi de “The Invisible Man”, só se falou bem. Adiei por motivos óbvios, mas lá juntei a coragem e, numa tarde solarenga, deixei que os meus receios se tornassem cada vez mais racionais, de modo a combatê-los.

FONTE: POSTER SPY

Mais assustador do que cenas gráficas, espíritos do demónio ou casas assombradas, é aquilo que fazem da nossa vida quando a conseguem controlar, roubando-nos a liberdade de ser, pensar, agir. Cecília é uma mulher amedrontada, dependente e controlada por um homem para a qual não existem descrições possíveis e que justifiquem os seus atos e, aproveitando-se da sua fragilidade, eis que surge outro indivíduo, mas invisível, e que a leva ao extremo da sua loucura. Fiquei-me a questionar se a nossa sanidade é mensurável e se existem justificações possíveis para o nosso instinto de sobrevivência.

Fiquei-me a questionar quais os limites da compreensão dos demais acerca de problemas pelos quais eles nunca passaram, por mais que nos esforcemos a explicar o que é que nos amedronta, o que é que nos preocupa, o que é que queremos recuperar do tempo que já lá foi… “The Invisible Man” mexe não só com o nosso psicológico, como também com a nossa empatia, o nosso livre arbítrio, a nossa maneira de nos deixarmos sensibilizar sobre questões de violência doméstica, abuso físico e psicológico e doenças mentais.

Apesar de tenso, deixei-me impressionar pela calma que consegui manter em mim, através da respiração que, submetida a estímulos destes, tende a descompassar, no entanto, passou-se exatamente o oposto. Estive de tal modo concentrada na espetacular atuação de Elizabeth Moss, que todo o meu corpo descontraiu e soube como aproveitar o filme por completo. Tenham ou não uma capacidade treinada para filmes destes, esta mais recente produção merece muita atenção, também, por nos apresentar um plot simples de se acompanhar, no entanto, com os seus truques. Fica a dica!

Já viram este filme? ♥

  • Reply
    Jota
    9 de Abril, 2020 at 20:23

    Concordo contigo, o filme é teeeenso! Mas gostei imenso. Houve um ou outro detalhe que não gostei tanto, mas no geral é fantástico. A cena da tinta é de cortar a respiração!

    • Reply
      Carolayne
      13 de Abril, 2020 at 15:47

      Não se pode gostar de tudo a 100%, mas que este filme está muito bem conseguido, oh! Sim, essa cena … Genial!

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