Foi numa manhã em que tive de deixar o carro no mecânico. Usei-a para chegar mais cedo a Lisboa, pois não compensaria regressar a casa e, posteriormente, apanhar os transportes. Não queria matar tempo no recinto do trabalho, por muitos descontos que tenha. A solução foi caminhar em direção a um restaurante que já conhecia. Numa onda de aventura, optei pelo do lado, o Green Café, que, até àquele momento, nunca me tinha chamado a atenção.
O espaço, além de pequeno, é bonito.
As janelas permitem a entrada de sol que, para aquele dia, foi perfeito para me confortar. Há tantos sofás como cadeiras, então para os que preferem um assento fofo acredito que não haja momentos de guerra.
O menu, visualmente, não é dos mais bonitos, contudo, é explícito, um aspeto que se quer neste tipo de visitas. De todas as opções, escolhi a panqueca clássica com banana, amêndoas e molho de frutos vermelhos, com um extra de ovo e chá de limão-gengibre.
Perante a dúvida quanto às opções sem glúten e sem lactose, a atendente esclareceu-me que todas as panquecas assim o são, o que foi uma alegria para mim.
Que bom que é os novos restaurantes se basearem neste conceito.
Sei que alguns o fazem pelas tendências, mas outros, porém, têm valores subjacentes nas suas criações, daí o conseguirmos sentir ao longo das garfadas. Senti-me em casa, não só pelo jazz como fundo, mas também pela apresentação e textura da panqueca.
Posso afirmar, com veemência, ter a capacidade para começar a pensar num restaurante do género! As que tenho feito em casa são tal e qual as que comi no Green Café.
Destaco, sobretudo, o molho de frutos vermelhos que complementou o jogo de texturas e sabores dos diversos elementos.
Dos ovos não há muito que falar, apesar de ter pedido mexidos bem cozidos, recebendo então fritos bem cozidos, ao menos tiveram um dos detalhes em conta. O chá, sendo de pacote, também não abre espaço para tantos comentários.
Ainda assim, não posso declarar com todas as certezas se o Green Café é, ou não, um sítio a deixar de lado. Visto que a ementa é enorme, teria de lá voltar para apurar os factos. Sem dúvida que o farei, contando depois como foi a experiência!
📌 R. da Vitória 28, 1100-204 Lisboa